
Klaus Schwab, presidente do Fórum Econômico Mundial
Texto: Estação do Autor com Um Só Planeta/Globo
Edição: Scriptum
Independentemente das polêmicas, a Inteligência Artificial ocupa cada vez mais espaço e impacta a sociedade em diversos setores. Não por acaso Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, aponta as duas principais forças das transformações sistêmicas da economia global: a IA e a descarbonização.
Em sua recente visita ao Brasil, Schwab concedeu uma entrevista exclusiva a Marcos Coronato, para o site Um Só Planeta. O executivo investe no protagonismo do Brasil, em breve, como grande responsável pela captura de carbono no mundo. O que reforça a tese é o fato de o país ser sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em 2025, retomando sua vocação de liderança ambiental no cenário internacional.
Klaus Schwab parte para a Suíça levando uma boa impressão a respeito dos esforços do Brasil para gerar um crescimento sustentável. Ao se reunir com líderes empresariais locais ele percebeu que, principalmente no setor da alimentação, as indústrias vêm assumindo uma “notável responsabilidade ambiental”. Porém, tais esforços para alcançar uma economia neutra em carbono ainda não são suficientes. Schwab pontua que, em algum momento, com o aumento das catástrofes climáticas, o custo da inação vai se tornar mais alto do que o custo das ações necessárias.
Ao ser questionado se a economia verde e inteligência artificial podem interagir, o executivo afirma que é possível. Ele lembra que é muito recente o nosso contato com as novas Inteligências Artificiais como o ChatGPT, por exemplo. Schwab tem a expectativa que a IA contribua em processos de tomada de decisões sobre questões complexas. “Poderemos estruturar, diagnosticar (questões em) sistemas complicados demais, com interdependências que atualmente não entendemos de forma completa – como a geração de energia e o clima global”, diz o curador do Fórum Econômico Mundial.