
As abelhas aparecem como um dos animais mais impactados pela alteração climática.
Texto: Estação do Autor com BBC News Brasil
Edição: Scriptum
Os prejuízos causados pelas mudanças climáticas são concretos e alarmantes. Os animais têm sofrido particularmente com o aumento de temperatura, poluição dos rios, além de períodos de chuva e seca extremas. Pesquisas apontam que para sobreviver, alterações significativas são detectadas, tais como alteração de comportamento e modo e ciclo de reprodução.
Leia na reportagem de Rone Carvalho para a BBC News Brasil, como a vida animal recebe o impacto das mudanças climáticas extremas. Asas desproporcionais, aumento de tamanho, reprodução de mais fêmeas do que machos e dificuldade para reconhecer alimentos devido a modificações cognitivas estão entre as alterações observadas por estudos e especialistas.
As abelhas aparecem como um dos animais mais impactados pela alteração climática. Michael Hrncir, professor do Instituto de Biociências da USP, explica que o aumento das secas diminui o período de floração das plantas. Consequentemente, essa espécie não consegue néctar e pólen e está sumindo de lugares onde antes eram comuns. O desaparecimento de abelhas pode provocar um efeito em cascata. Afinal, é através do seu trabalho de polinização que muitas sementes surgem e flores sobrevivem. Também são diretamente atingidos pelas variantes do clima e poluição das águas, tartarugas marinhas, anfíbios, lagartos, macacos, caranguejos e diversas classes de peixes.
Ainda assim, o risco de extinção de alguns desses e outros animais pode ser evitado. Fernanda Werneck, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, alerta que antes de uma espécie ser extinta, normalmente ela concede sinais: muda de habitat, tenta adaptar-se à nova temperatura ou sofre mutações. “Uma espécie não é extinta do dia para a noite, esse processo acontece em capítulos. O problema é que já estamos vendo esses processos acontecendo. Por isso a importância de medidas como combate ao desmatamento, preservação de áreas de conservação e incentivo à pesquisa. Toda espécie é importante para o ecossistema e para a vida no planeta”, afirmou a pesquisadora.