
Transição oferece benefícios significativos, incluindo redução da poluição atmosférica e sonora urbana, economia de custos e criação de empregos na economia verde
Edição Scriptum com Estação do Autor e site ONU News
A preocupação com o meio ambiente chegou às grandes plataformas de entrega de alimentos e mercadorias. Na terça-feira (14) foi lançada uma aliança liderada pelo setor para acelerar a transição para entregas de alimentos e mantimentos com emissão zero. A Coalizão Deliver-E tem como objetivo promover a transição para veículos de duas e três rodas com emissão zero em todo o mundo. Juntas, as empresas fundadoras da coalizão, Delivery Hero, DoorDash, iFood, Mr D, Swiggy, Uber, Wolt e Zomato operam em 96 países e registram cerca de seis bilhões de entregas resultantes do e-commerce de comida por ano.
Reportagem de Renata Chamarelli para o site ONU News detalha os compromissos assumidos pelas empresas que assinam a Carta Fundadora da Coalizão. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) sediará o Secretariado da Coalizão, prestando assistência em pesquisa, administração e comunicação e facilitando a transição do setor para entregas com emissão zero.
Essa transição oferece benefícios significativos, incluindo redução da poluição atmosférica e sonora urbana, redução das emissões climáticas, economia de custos e criação de empregos na economia verde por meio da manutenção de veículos e implantação de infraestrutura de recarga, bem como desenvolvimento de software de gerenciamento de frotas.
Um estudo das Nações Unidas sobre economia digital indica que, sem mudanças na forma como as cidades e empresas gerenciam essa demanda crescente, as emissões geradas pelo delivery podem crescer em mais de 30% nas 100 principais cidades do mundo. Essa pressão aumentaria o congestionamento do trânsito em cerca de 14%, elevaria os custos de saúde em aproximadamente 12% e acrescentaria cerca de cinco minutos aos deslocamentos diários. Além disso, estima-se que as entregas poderão ser responsáveis por 13% do total de emissões nas cidades até 2030.
O documento da Coalizão Deliver-E prevê ainda o estabelecimento de “uma rede de especialistas e partes interessadas essenciais ao ecossistema, tais como formuladores de políticas, empresas de tecnologia, fabricantes de equipamentos originais, agregadores de frotas e financiadores”, ao mesmo tempo em que “apoia soluções para barreiras frequentemente identificadas que impedem que a visão se torne comum”.