
Em Bonito (MS), águas são cristalinas por conta das altas concentrações de calcário nos rios do entorno
Texto: Estação do Autor com Folha de S.Paulo
Edição: Scriptum
O Brasil tem o privilégio de abrigar a maior reserva de água doce do planeta. Doze por cento dela se encontra em nosso território. São múltiplas as opções para nadar, mergulhar, navegar ou simplesmente contemplar. Já quando se trata de biodiversidade, nosso recorde é absoluto.
De São Paulo, passando por Alagoas, Tocantins, Minas até a Amazônia, o país é parece um gigantesco parque aquático natural. Reportagem de Gabriel Justo para Folha de S.Paulo (assinantes) apresenta a diversidade das paisagens proporcionadas por rios que recortam o Brasil.
Um dos locais destacados pela reportagem é a Ilha do Marajó. É lá que os rios Amazonas e Tocantins se encontram com o oceano Atlântico. Trata-se da maior ilha fluviomarítima do globo. Já Manaus oferece um passeio fascinante. Partindo da capital amazonense, as embarcações descem o rio Negro, onde suas águas encontram com as do rio Solimões. As diferentes temperaturas e densidades fazem com que ambos os rios corram lado a lado, cada um no seu curso. Ainda na Região Norte, localiza-se Alter do Chão. De agosto a dezembro, quando o rio baixa, o vilarejo chega a ter mais de 100 km de praias de água doce.
No centro-oeste, próxima do Pantanal Sul-mato-grossense, está a cidade de Bonito. Cujas águas cristalinas, por conta das altas concentrações de calcário nos rios do entorno, atraem cada vez mais turistas. Os três rios que cercam o município são como aquários naturais, onde se pode mergulhar e nadar em meio a cardumes de diferentes espécies subaquáticas.
Chegando ao Sudeste, Minas Gerais e São Paulo também oferecem paraísos aquáticos, como Brotas no interior paulista e o município mineiro de Capitólio, com seu imenso lago e cânions. Lagoas, rios e cachoeiras fazem parte do vasto e diverso patrimônio natural brasileiro. Conhecê-los e preservá-los envolve privilégio e responsabilidade. Afinal, o turismo não predatório é o que pode garantir a sobrevivência e exuberância desses lugares.