
Mesmo com grande parte dos países fornecendo merenda escolar, cerca de 73 milhões de crianças não se beneficiam desses programas
Texto: Estação do Autor com ONU News
Edição: Scriptum
Os números impressionam. Segundo um relatório conjunto de agências da ONU, estima-se que 584 milhões de crianças não tenham acesso pleno a serviços básicos de água potável na escola. As agências cobram mais investimentos em saúde escolar e nutrição.
Comprovadamente, ao oferecer alimentação, escolas e centros educacionais aumentam a frequência e o número de matrículas. Ainda assim, mesmo com grande parte dos países fornecendo merenda escolar, cerca de 73 milhões de crianças não se beneficiam desses programas. Quase metade desses jovens vive na África Subsaariana.
Reportagem no site ONU News traz detalhes do estudo indicando que, apesar da maioria das nações aplicar recursos em educação, os investimentos são desiguais entre as regiões. Muitas vezes são insuficientes em relação às necessidades.
Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco, afirma que os alunos aprendem melhor em escolas seguras e saudáveis. Ela pediu apoio à comunidade internacional para mais investimento em saúde, nutrição e proteção social na escola. O relatório aborda outras questões, como a promoção dos cuidados oftalmológicos, saúde mental, bem-estar e prevenção da violência escolar. Ao mesmo tempo que essas medidas melhoram a vida de crianças e adolescentes, os benefícios se estendem a lares e comunidades inteiras.
Adotando esses procedimentos, o retorno torna-se significativo para os países. Cada US$ 1 aplicado em programas de alimentação escolar gera US$ 9 em retornos. Os programas escolares que abordam a saúde mental podem gerar um retorno ainda maior, chegando a quase US$ 22.