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Quarta onda da covid está em curso no Brasil, avalia especialista

Januario Montone, consultor do Espaço Democrático, falou na reunião semanal da fundação

 

Reunião semanal abordou, além de questões sobre saúde, as eleições na Colômbia

 

Redação Scriptum

 

Tudo indica que o Brasil já está vivendo a quarta onda de contaminação pela covid-19. Dados sobre internação hospitalar em Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Goiânia e Porto Alegre revelam que essas capitais já apresentam alto risco. O diagnóstico, do gestor e consultor na área de saúde Januario Montone, foi feito nesta terça-feira (21) durante a reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD.

Montone, que fez um amplo balanço dos números da covid, destacou que os únicos marcadores confiáveis que o País tem são os de óbitos e internações. “Não é possível estimar quantas pessoas foram contaminadas pelo vírus, especialmente porque os autotestes comprados em farmácia não são notificados”, disse. Apesar do risco aumentado em algumas regiões, o que levou o Estado do Rio Grande do Norte e cidades como Belo Horizonte e Pelotas (RS) a determinarem o uso obrigatório de máscaras em ambientes fechados, o fato é que as subvariantes mais comuns do Ômicron (BA.4 e BA.5), embora tenham maior capacidade para driblar as vacinas, apresentam menor taxa de letalidade. “A maioria das internações é de crianças, jovens com vacinação incompleta e idosos acima de 80 anos com vacinação completa”, lembrou.

Os números da vacinação são grandiosos, apesar da estatística mostrar que cerca de 17,4 milhões de pessoas, o equivalente a cerca de 8,9% da população-alvo de 200 milhões de pessoas (a partir dos 5 anos de idade) não tenham se vacinado.

Em sua exposição, Montone também falou sobre o recente reajuste dos planos de saúde. Explicou como é aplicado o aumento anual nos três diferentes tipos de planos – coletivos empresariais, coletivos por adesão e individuais e familiares, únicos que ainda são controlados pela Agência Nacional de Saúde (ANS), que deve conceder autorização prévia e determina o limite do reajuste.

Segundo ele, a tendência é que o modelo verticalizado de planos de saúde – aquele em que as operadoras investem em estruturas próprias como hospitais, clínicas, laboratórios e outros serviços da área – sejam cada vez mais comum por permitirem uma redução no custo do sistema.

Colômbia à esquerda

Na outra apresentação do dia o economista Luiz Alberto Machado falou sobre a vitória do esquerdista Gustavo Petro, da coligação Pacto Histórico, nas eleições presidenciais da Colômbia. Ele venceu o candidato de direita, Rodolfo Hernández, conhecido como “Trump colombiano”, por 50,44% dos votos contra 47,31%.

Machado lembrou que a economia colombiana cresceu 10,6% em 2021 – embora sobre uma base que se retraiu 7% em 2020 – e estima-se que crescerá 4,5% este ano. “Isso significa que não foi a economia que derrubou a candidatura de Hernández, que era apoiado pelo atual presidente, Ivan Duque”, avaliou.

Para o coordenador de Relações Institucionais do Espaço Democrático, Vilmar Rocha, “é a desigualdade estrutural, a distribuição desigual de riqueza que explica o resultado”. Ele destacou que a sugestão de que a vitória da esquerda – a primeira da história na Colômbia – possa provocar uma ruptura no País é infundada. “A Colômbia tem um Congresso forte e isso não vai acontecer”.

Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático, além de Januario Montone (virtualmente), Luiz Alberto Machado, Vilmar Rocha (virtualmente), o gestor público Júnior Dourado, o economista Roberto Macedo, o cientista político Rogério Schmitt, o sociólogo Tulio Kahn, o médico e sociólogo Antônio Roberto Batista (virtualmente), o especialista em gestão Rafael Auad, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, e os jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino, coordenador de Comunicação do Espaço Democrático.

 


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