Redação Scriptum
A polêmica em torno do juro básico brasileiro, mantido em 13,75% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), foi um dos temas da reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação de estudos e formação política do PSD. Nos últimos dias o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem criticando o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pelo fato de a Selic ter sido mantida no atual patamar.
O economista Roberto Macedo – consultor da fundação, que já foi secretário de Política Econômica do então Ministério da Economia (entre 1991 e 1992) na gestão de Marcílio Marques Moreira, destacou que o Banco Central deve ter autonomia, mas “sempre se espera que haja algum entendimento”. Outro consultor do Espaço Democrático, o economista Luiz Alberto Machado, lembrou que, apesar das críticas do presidente, é importante que o Banco Central tenha em mãos a decisão técnica de usar a taxa de juros para o controle da inflação, apesar dos efeitos colaterais para a economia. “Quando o Armínio Fraga assumiu o Banco Central, em 1999, a Selic bateu em quase 45% ao ano”, lembrou.
Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático, além dos economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado, o sociólogo Tulio Kahn; os cientistas políticos Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo; o gestor público e consultor em saúde Januario Montone; o especialista em gestão pública Rafael Auad; a secretaria nacional do PSD Mulher e integrante do Conselho Curador do Espaço Democrático, Ivani Boscolo; e os jornalistas Sérgio Rondino, coordenador de comunicação do Espaço Democrático, e Eduardo Mattos.