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Desempenho da economia e conjuntura eleitoral são temas de especialistas

Reunião semanal da Fundação Espaço Democrático avaliou os números recentes da economia e o impacto no processo eleitoral

 

Redação Scriptum

 

O desempenho da economia brasileira e o seu impacto no cenário político-eleitoral foram os principais temas de debate da reunião semanal desta terça-feira (2) do Espaço Democrático, a fundação para estudos e formação política do PSD. Os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado falaram sobre os números mais recentes de crescimento do PIB, desemprego e as previsões para 2023. Os cientistas políticos Rubens Figueiredo e Rogério Schmitt analisaram as últimas pesquisas eleitorais.

Para Roberto Macedo a melhora geral das condições econômicas não é sustentável. “Os indicadores de desemprego estão caindo, mas em contrapartida o salário médio também está em queda e vai se estabilizar em um nível inferior ao que estava antes da pandemia”, apontou ele.

A previsão do Banco Central, de crescimento de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) este ano, é artificial, segundo o economista. “Não há dinheiro para manter o auxílio de R$ 600, os juros da dívida interna estão aumentando, a incerteza fiscal é grande e isto tudo desestimula os investimentos”, avalia. Macedo lembrou que o investimento público já chegou a 10% do PIB no passado e hoje representa apenas 1%. “Quase todo o investimento hoje é privado”, lembra. “As distorções são muito grandes e o novo governo não conseguirá resolver a encrenca do Orçamento”.

Já Luiz Alberto Machado considera que embora a previsão de crescimento do PIB para este ano seja modesta, é um bom resultado. “Não podemos esquecer que a pouco tempo o Itaú projetou que o PIB cairia 0,5% este ano; melhorou muito”, disse. Ele considera que os dados sobre o nível de emprego são animadores: “O formal está crescendo há vários meses seguidos e o informal também tem melhorado”.

Machado lembrou recente fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, segundo o qual as economias de todo o mundo estão apontando para baixo e a do Brasil, para cima. “O problema é que em 2023 vai ter que pagar a conta do que está sendo feito agora, mas lembro que o Paulo Guedes considera a possibilidade de que poderá estar lá, por isso não quer deixar a conta alta demais”.

O cientista político Rubens Figueiredo abordou o conceito de “conforto econômico” para analisar a conjuntura eleitoral: desemprego em queda, crescimento econômico, crédito farto, inflação controlada e renda média alta. “O Auxílio de R$ 600 vai dar votos a Bolsonaro principalmente no segmento de eleitores que ganham entre um e três salários mínimos”, disse, destacando que a última pesquisa já revela um crescimento de três pontos percentuais no segmento.

O efeito da principal variável da economia, a inflação, foi abordado pelo cientista político Rogério Schmitt: “Não há, na história recente das eleições brasileiras, presidente que tenha sido reeleito com inflação acumulada em 12 meses de 7%” (hoje a inflação acumulada no período é de 11,89%). Para ele, a chance do presidente Jair Bolsonaro está em baixar este número”.

Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático, além dos economistas Luiz Alberto Machado e Roberto Macedo e dos cientistas políticos Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo, o sociólogo Tulio Kahn, o especialista em gestão Rafael Auad, o superintendente o Espaço Democrático, João Francisco Aprá, a secretária do PSD nacional, Ivani Boscolo, o gestor público Januario Montone, o gestor público Júnior Dourado e os jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino, coordenador de Comunicação do Espaço Democrático.


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