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{ ARTIGO }

Educa+, programa do Tesouro Direto para fins educacionais

Economista Roberto Macedo comenta os vários pontos positivos do novo título do Tesouro Direto

Roberto Macedo, economista e colaborador do Espaço Democrático

Edição: Scriptum

 

No dia 1º de agosto o Tesouro Direto lançou o Educa+. Vou destacar alguns aspectos, mas como apresenta muitos, recomendo uma consulta ao site do Tesouro Direto, que descreve com detalhes, inclusive sobre como acessar o programa.

O que transcrevo do site é apresentado entre aspas, começando pelo trecho que segue, pois atuo no meio acadêmico, onde a origem intelectual de uma ideia tem muita importância: O Educa+ “… foi desenvolvido a partir da pesquisa do economista Prof. Dr. Robert C. Merton – vencedor do prêmio Nobel de Economia de 1997 – e do Prof. Arun Muralidhar. … baseia-se nos mesmos conceitos do Tesouro RendA+, lançado em janeiro deste ano.” Este último programa tem seus investimentos voltados para a aposentadoria.

Investimento rima com rendimento e este é um aspecto fundamental daquele. Segundo outro site, do Ministério da Fazenda, os “… títulos do Tesouro Educa+ garantem proteção contra os efeitos da inflação, com a renda proporcionada pelo acúmulo de títulos ao longo dos anos sendo corrigida pelo IPCA, além de uma taxa real, dando mais segurança para o investidor planejar seu futuro”. Esta proteção contra a inflação, mais um rendimento, é um aspecto fundamental que aponto em títulos do Tesouro Direto e os torna recomendáveis para investimentos.

Voltando ao site inicialmente citado, a “… regra de rentabilidade do Tesouro Educa+ (inflação + taxa real) é a mesma do Tesouro IPCA+ e do Tesouro RendA+, dois dos títulos mais vendidos do Tesouro Direto. A principal diferença está no fluxo de renda do Tesouro Educa+. Vamos comparar? No Tesouro IPCA+, você investe hoje e recebe de volta o valor aplicado e os rendimentos em uma única parcela, na data do vencimento. Já no Tesouro IPCA+ com juros semestrais, em vez de receber tudo na data final, o investidor recebe uma parcela de juros a cada seis meses em sua conta. No Tesouro Educa+ há um fluxo específico que facilita o planejamento dos investimentos que irão financiar os estudos dos seus filhos no futuro. Primeiro, você passa por um período de acumulação, momento em que realiza investimentos, preferencialmente de forma mensal. Neste momento, não há pagamentos de parcelas para o investidor e a taxa de juros vai gerando rendimentos que irão se acumular. Os pagamentos mensais da renda que ajudarão o investidor a pagar a mensalidade do curso iniciam-se depois de uma certa data, a ser escolhida pelo investidor dentre as 16 opções ofertadas pelo Tesouro, e que preferencialmente deve coincidir com a data de início da universidade do seu filho. Diferentemente do Tesouro IPCA+, que recebe todo o valor acumulado em uma única parcela, no Educa+ você garante uma renda mensal por 5 anos.”

Vejo no Educa+ também uma forma daquilo que a literatura sobre Educação Financeira chama de produtos de compromisso com a poupança, pois ele de fato cria um compromisso com aportes e prazos que ajudam no planejamento da poupança. É claro que esse compromisso pode ser rompido com o resgate antes do prazo previsto, mas entendo que quem entrar nesse programa já demonstra um compromisso com o propósito dele e com seus filhos e assim a probabilidade de desistir é menor.

 

 

Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.


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