Texto: Estação do Autor com DW
Edição: Scriptum
A catástrofe começou com um pequeno incêndio florestal na ilha de Maui, no Havaí. Semelhante ao ocorrido recentemente na ilha grega de Rodes, o fogo foi atiçado por ventos fortes e em poucas horas estava fora de controle. No desespero, muitos entraram no mar para escapar das chamas.
Incêndios que devastaram o Havaí servem como alerta aos países com vastas áreas florestais numa era de mudança climática. O estado americano atravessa a pior catástrofe natural de sua história. Além dos significativos danos materiais, perto de 100 mortes foram registradas.
Reportagem de Alexander Freund para o site DW apresenta os quatro fatores que, combinados, causam tragédias ambientais como essa do Havaí. Um incêndio de pequenas proporções que se alastra rapidamente, ventos alísios atipicamente fortes, temporada de seca e vegetação suscetível ao fogo foram os responsáveis pela catástrofe na pequena ilha.
Alguns meteorologistas julgam que o furacão Dora, que passava ao sudoeste da ilha, provocou os ventos extremamente fortes em Maui. Outro fator determinante foi a temporada seca e a umidade atmosférica, muito baixa. O serviço de meteorologia dos Estados Unidos já havia registrado as condições climáticas tensas no Havaí, alertando sobre o risco agudo de incêndios.
Robert Watson, ex-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas, alerta sobre a urgência de que países com grandes territórios florestais reduzam os riscos de fogo. Watson frisa a necessidade de os governos admitirem o potencial crescente de incêndios florestais e desenvolverem estratégias para enfrentar essa nova realidade: “Com a mudança climática causada pelos humanos, vamos vivenciar mais temperaturas extremas e mais secas – as condições perfeitas para incêndios como o atual.”