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A técnica ancestral que substitui o ar-condicionado em casas chinesas

Com o incentivo do governo às inovações de baixo carbono no setor da construção, profissionais buscam inspiração nos pátios

Páteos têm um sentido cerimonial, possibilitando um lugar de encontro para as famílias

Texto: Estação do Autor com BBC News

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Na China, arquitetos resgatam a técnica milenar que converte os tradicionais pátios internos em sistemas de ar-condicionado. O país, em rápida e crescente urbanização, aposta no renascimento da arquitetura ancestral em edifícios históricos, assim como nos contemporâneos.

Animados com o incentivo do governo às inovações de baixo carbono no setor da construção civil, alguns profissionais buscam inspiração nos pátios e em outras opções para resfriar construções. Veja na reportagem de Xiaoyng Yiu para a BBC News como eram os pátios internos de casas projetadas para abrigar diversas gerações de famílias, segundo documento publicado pelo Jornal da Universidade de Nanchang, na China.

Há 30 anos, Yu Youhong restaura casas com pátios internos. Reconhecido pelo Ministério da Cultura e do Turismo da China como herdeiro de patrimônio cultural intangível, ele acumulou grandes conhecimentos sobre essa tradicional arquitetura. Youhong explica que as principais funções dessas áreas são permitir a entrada da luz, melhorar a ventilação e coletar água da chuva. Desde 2013, o governo central da China vem incentivando construções verdes que economizem recursos e gerem menos poluição ao longo da sua vida útil. Arquitetos passaram então a pesquisar os princípios dos pátios internos para projetar novos edifícios que apresentem menor consumo de energia e impacto ambiental.

Wang Zhengfeng, pesquisadora em pós-doutorado de ciências humanas ambientais do Instituto de Estudos de Área da Universidade de Leiden, na Holanda, indica algumas dificuldades para incluir os pátios internos nos designs atuais. Os mecanismos dos pátios são bem conhecidos, mas seus princípios devem ser aplicados de forma específica para cada local. Questionada por que esses espaços chamaram mais atenção na China moderna, a especialista explica que eles têm um sentido cerimonial, possibilitando um lugar de encontro para as famílias. Para ela, “talvez as mudanças de estilo de vida também tenham ativado a nostalgia local entre as pessoas que moram em florestas de concreto e vidro”.


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