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Com vocação para turismo de aventura, Brasil subaproveita potencial

Investir e ampliar a divulgação dos atrativos naturais é um dos principais pontos defendidos para dar visibilidade e incluir o País na rota dos turistas de aventura

Esportes de aventura são um dos filões que o Brasil pode explorar para vender o turismo no exterior

 

Texto: Estação do Autor com Agência Brasil

Edição: Scriptum

Potencial para o Brasil virar referência internacional em turismo de aventura não falta. São 8,5 mil quilômetros de faixa litorânea, clima tropical e condições favoráveis à prática de atividades ao ar livre o ano todo. No Dia Mundial do Turismo, celebrado nesta quarta (27), especialistas cobram a necessidade de infraestrutura receptiva e a garantia de segurança e bem-estar aos visitantes. Investir e ampliar a divulgação dos atrativos naturais é um dos principais pontos defendidos para dar visibilidade e incluir o País na rota dos turistas de aventura.

Segundo dados do Ministério do Turismo, de todos os estrangeiros que desembarcaram em território brasileiro ao longo de 2019, 18,6% afirmaram ter viajado com o propósito de ter contato com a natureza e praticar atividades ligadas ao turismo de aventura e ao ecoturismo. Outros 2,4% vieram fazer turismo esportivo.Na reportagem de Alex Rodrigues para a Agência Brasil, gestores e especialistas da área indicam ações e providências para que esse lucrativo setor cresça e ofereça estrutura satisfatória aos turistas.

Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (Abeta), Vinicius Viegas observa o crescente interesse do público em geral pelo turismo de natureza. Mesmo assim, a exemplo de outros entrevistados, ele considera que o Brasil não aproveita todas as possibilidades que o segmento oferece.

“O Brasil é um país sensacional em termos de possibilidades para as atividades ligadas ao turismo de aventura e esportivo. Infelizmente, este potencial ainda não é bem aproveitado e o tema é pouco explorado pelo Poder Público, pelo mercado e no âmbito acadêmico”, acrescenta o diretor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Ricci Uvinha, especialista em lazer e turismo.

Responsável por divulgar os atrativos turísticos brasileiros no exterior, o coordenador de Natureza e Segmentos Especiais da Embratur, Leonardo Persi, diz que algumas ações já estão em curso. Entre elas, a participação da agência em eventos nacionais e internacionais divulgando a marca Brasil entre esportistas e público estrangeiro. Persi destaca o Sertões Kitesurf, maior corrida de longa duração do esporte, que reuniu recentemente, no Ceará, competidores do Reino Unido, França, Turquia, Portugal, Suíça, República Dominicana e Argentina, além de brasileiros de vários estados. Para Marcelo Freixo, presidente da Embratur, o evento “está conectado com o Brasil que a Embratur promove para o mundo. O Brasil das belezas naturais, do turismo de aventura que é sustentável e gera emprego e renda nas nossas cidades e vilarejos litorâneos”.


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