Texto: Estação do Autor com ONU News
Edição: Scriptum
Em conferência sobre o tráfico humano, o alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, pediu estratégias coordenadas para combater este mal que atinge milhões em todo o mundo. As pessoas afetadas por crises climáticas e humanitárias são as mais vulneráveis. O uso da tecnologia também ampliou as possibilidades dos grupos que exploram um dos crimes mais “antigos e hediondos” e que continua a prosperar em pleno século 21, afirma Turk.
Ficando atrás apenas do narcotráfico e da falsificação de produtos, segundo o Global Financial Integrity (GFI), as estimativas globais indicam que 49,6 milhões de pessoas são vítimas do tráfico humano, sendo que 70% delas são mulheres e crianças.
Reportagem no site ONU News traz mais detalhes sobre a história de “milhões de homens, mulheres e crianças, explorados sexualmente, sujeitos a trabalhos forçados, casamentos forçados, tráfico de drogas, servidão doméstica, colheita de órgãos e outros horrores”, nas palavras de Volker Turk.
Os refugiados e migrantes que fogem da perseguição ou da violência e que procuram uma vida melhor estão particularmente expostos não só nos seus países de origem, mas também nos países de acolhimento, ao longo do seu percurso e no seu destino. “É alarmante constatar que as crianças representam um terço de todas as vítimas detectadas”, lamentou Turk. Mulheres e meninas são afetadas de forma desproporcional. São principalmente vítimas de tráfico para exploração sexual e casamento forçado, enquanto homens e rapazes constituem a maioria das vítimas para trabalho forçado. O alto comissário defendeu uma abordagem preventiva que atue sobre as causas profundas da questão.