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Especialistas defendem primeira infância como prioridade nas eleições 2024

Reunidas sob o guarda-chuva da Agenda 227, mais de 450 instituições da sociedade civil l lançaram o documento com diretrizes aos candidatos

 

As crianças são a população mais vulnerável em situações extremas de violência, desastres naturais e pandemias

 

 

Texto Estação do Autor com Folha de S.Paulo

Edição Scriptum

 

Conforme determina a Constituição brasileira em seu artigo 227, “é dever da família, da sociedade e do Estado cuidar de crianças e adolescentes como ‘absoluta prioridade’.

O investimento dos municípios em serviços que melhorem a qualidade de vida das crianças de zero a seis anos tem o potencial de reduzir a desigualdade, diminuir a violência e aumentar o desenvolvimento da região ao longo de décadas. Por isso, esse tema deveria ser prioritário na pauta das eleições de 2024, afirmam especialistas e entidades que estudam o assunto.

Reportagem de Fernanda Ravagnani para a Folha de S.Paulo (assinantes) traz a opinião de especialistas, além de pesquisas que reafirmam a importância de investir em políticas públicas eficientes voltadas à primeira infância.

Existe um consenso internacional de que o investimento na primeira infância é o que apresenta a mais alta taxa de retorno econômico, com base no trabalho do norte-americano James Heckman, Prêmio Nobel de Economia de 2000. Em um de seus estudos, o economista encontrou um retorno anual de 13% sobre investimento em um programa de cuidado integral a crianças de zero a cinco anos de famílias desfavorecidas nos Estados Unidos. As crianças foram acompanhadas por mais de três décadas e os ganhos foram calculados considerando benefícios em saúde, produtividade e redução do envolvimento em criminalidade e uso de drogas.

As crianças são a população mais vulnerável em situações extremas de violência, desastres naturais e pandemias e são proporcionalmente mais pobres, o que por si só já justificaria a prioridade na pauta eleitoral. Marcelo Neri, diretor da FGV Social, observa que, no Brasil, 15% das crianças de 0 a 4 anos vivem abaixo da linha da pobreza extrema. Investir na primeira infância tem a vantagem de que os resultados são colhidos pela pessoa e pela sociedade ao longo dos anos, diz o pesquisador.

Reunidas sob o guarda-chuva da Agenda 227, mais de 450 instituições da sociedade civil ligadas à primeira infância lançaram em maio o documento “Prioridade Absoluta nas Eleições 2024”, com diretrizes aos candidatos sobre investimentos na área. Para Vital Didonet, assessor da Rede Nacional Primeira Infância, essa faixa etária é inesgotável como projeto político. Segundo ele, o melhor investimento que um governo pode fazer não é em Bolsa de Valores, na Petrobras, exploração de minério, estímulo à agricultura. Tudo isso é necessário, mas o que tem retorno econômico mais vigoroso é o investimento na primeira infância”.


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