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O que são as ‘fazendas de likes’ e para que elas servem

Baseadas na Ásia e disfarçadas de usuários reais, prometem aumentar acessos em sites ou redes sociais a partir de tráfego falso

As tais ‘fazendas’ são montadas geralmente em ambientes precários, com inúmeros celulares antigos lado a lado, todos conectados para se manter com bateria.

 

Texto Estação do Autor com Tecmundo

Edição Scriptum

 

‘Fazendas de likes’, de cliques ou click farms são serviços que prometem aumentar números em sites ou redes sociais a partir de tráfego falso, disfarçados de usuários reais. Elas são usadas para ações como curtir publicações, escrever resenhas positivas, fazer comentários elogiosos ou críticos em uma postagem, clicar em anúncios e se cadastrar em plataformas. A tática é utilizada por influenciadores digitais, contas corporativas e até por políticos que desejam aumentar o número de seguidores, comentários, curtidas ou compartilhamento.

As tais ‘fazendas’ são montadas geralmente em ambientes precários, com inúmeros celulares antigos lado a lado, todos conectados para se manter com bateria. Na frente deles, pessoas repetem a mesma tarefa sem parar, tocando na tela para gerar curtidas ou comentários.

Reportagem de Nilton Kleina para o site Tecmundo mostra o funcionamento dessas ‘fazendas virtuais’ e o posicionamento das plataformas em relação a uma prática arriscada e ilegal que serve para inflar números nas redes sociais. Elas são estabelecidas de duas maneiras. Podem ser bots, robôs programados para repetir uma tarefa digitalmente a partir de contas falsas ou roubadas, por exemplo. A versão mais conhecida envolve várias pessoas em computadores ou smartphones, todos conectados a contas diferentes em uma rede social. Os funcionários normalmente estão sob péssimas condições de trabalho e são mal remunerados. No livro Beggar’s Honey, do fotógrafo Jack Latham, publicado em 2023, há registros de várias fazendas de likes em locais como Tailândia, Vietnã e Hong Kong.

Apesar da estrutura precária, o conhecimento desses profissionais em redes costuma ser alto. Responsáveis por ‘fazendas’ sofisticadas sabem que é preciso cuidado em ações artificiais, pois o comportamento massivo levanta suspeitas da plataforma. Até por isso, a tarefa não é automatizada para um robô e envolve múltiplos aparelhos e pessoas. Há quem use softwares para mascarar o IP ou até os endereços MAC, além de trocar contas com frequência para evitar o rastreio. A prática traz também questões éticas, já que esse engajamento artificial pode inflar publicações fraudulentas ou mentirosas.

Em nota, a Meta, dona do Facebook, WhatsApp, Instagram e Threads, informou que é importante que as interações “sejam genuínas”. A empresa declara que trabalha para “manter a comunidade livre de comportamentos inautênticos” e reforça que esses serviços violam os Termos de Uso. Já o TikTok encaminhou para Tecmundo links para as diretrizes da comunidade e um relatório de aplicação dessas regras em 2023. “Permanecemos firmes em nosso compromisso de identificar e remover prontamente todas as contas, conteúdos ou atividades que buscam impulsionar artificialmente a popularidade na nossa plataforma”, afirma o documento.

 


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