Texto Estação do Autor com Estadão/The New York Times
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Um painel pequeno o suficiente para ser facilmente instalado na lateral de uma varanda e, em seguida, conectado a uma tomada para alimentar sua casa com a energia produzida pelo Sol está mudando a paisagem urbana na Alemanha. Impulsionados por preços baixos e regulamentações mais flexíveis, os equipamentos do tipo plug-and-play estão surgindo em pátios e sacadas do país europeu.
Reportagem de Melissa Eddy para The New York Times publicada no Estadão mostra por que o sistema está conquistando também outros países da Europa. Mesmo produzindo eletricidade apenas para carregar um laptop ou fazer funcionar uma pequena geladeira, o painel solar portátil está impulsionando uma transformação silenciosa, colocando a revolução verde nas mãos das pessoas, sem que elas precisem fazer um grande investimento ou encontrar um eletricista.
Na Alemanha, mais de 500 mil desses equipamentos já foram instalados. Nos primeiros seis meses do ano, o país adicionou 9 gigawatts de capacidade fotovoltaica a quantidade de energia solar que um sistema produz, conforme a Federal Network Agency, órgão regulador alemão. Segundo Klaus Müller, presidente da agência, em comparação com a capacidade total no final de 2023, quase 10% a mais de capacidade solar foi adicionada. Desse total, dois terços foram instalados em edifícios, o que inclui sistemas de varanda.
Como parte de seu esforço para se afastar da dependência do gás natural russo, a União Europeia está procurando quadruplicar a quantidade de energia gerada por fontes fotovoltaicas até 2030, para 600 gigawatts. Hoje, painéis solares plug-in são populares na Holanda e o interesse está crescendo na França, Itália e Espanha.
Outra novidade é a introdução de baterias de pequena escala que permitem aos usuários armazenar a eletricidade gerada durante os horários de pico para ser usada à noite. Os aplicativos permitem que as pessoas verifiquem a quantidade de eletricidade que estão produzindo a qualquer momento. Para alguns, isso se tornou tão viciante quanto a mídia social ou um videogame, gerando rivalidades amigáveis entre vizinhos, aguçando o apetite por mais economia, além de contribuir para um planeta mais sustentável.