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Perda de memória não é o único sinal de demência

Dificuldade para gerir finanças, perda de olfato e distúrbios do sono podem ser sintomas precoces, segundo estudo recente

 

Pessoas com demência experimentaram leves quedas na extroversão, amabilidade e autoconsciência antes de mostrarem quaisquer sinais de comprometimento cognitivo.

 

 

 

Texto Estação do Autor com The New York Time/Folha de S.Paulo

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Ter lapsos de memória nos leva automaticamente a pensar nos sintomas da demência e, particularmente, na doença de Alzheimer. Entretanto, reportagem de Dana G. Smith para The New York Times, publicada na Folha de S.Paulo (assinantes), traz a opinião de especialistas que apontam outros sinais que podem indicar mudanças cerebrais precoces. Alguns especialmente importantes para tipos de demência em que o esquecimento não é o sintoma primário.

Antes mesmo que a perda de memória ou outros sintomas cognitivos surjam, pessoas com demência podem ter problemas financeiros. A tomada de decisões financeiras equivocadas é especialmente uma preocupação para aqueles que sofrem de demência frontotemporal, forma relativamente rara da doença em que o julgamento é afetado muito cedo.

Junto com lidar com finanças, dirigir é um dos comportamentos cognitivos mais complexos que as pessoas realizam todos os dias. Ganesh Babulal, professor associado de neurologia na Universidade de Washington University, demonstrou em sua pesquisa que problemas ao volante podem se manifestar anos antes de se manifestarem em outros lugares.

Distúrbios do sono podem se tornar mais comuns conforme as pessoas envelhecem, e adultos mais velhos tendem a dormir mais levemente e ir para a cama e acordar um pouco mais cedo do que costumavam, o que é considerado normal. Mas mudanças drásticas nos hábitos de sono podem ser um sinal de demência.

Em estudo publicado ano passado, pesquisadores descobriram que pessoas com demência experimentaram leves quedas na extroversão, amabilidade e autoconsciência antes de mostrarem quaisquer sinais de comprometimento cognitivo. Essas mudanças de personalidade aceleram conforme mais sintomas de demência surgem, explica Angelina Sutin, professora de ciências comportamentais e medicina social na Universidade do Estado da Flórida.

Partes do cérebro que controlam o olfato estão entre as primeiras áreas danificadas nas doenças de Alzheimer e Parkinson e na demência com corpos de Lewy, outro tipo de distúrbio cerebral progressivo. A perda do olfato surge anos, ou mesmo décadas, antes que outros sintomas apareçam. Ao contrário da perda de audição e visão, que podem ser fatores de risco para demência, mas não são causadas pela doença em si, a perda do olfato pode ser uma das primeiras manifestações da neurodegeneração.


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