Pesquisar

tempo de leitura: 2 min salvar no browser

{ NÃO DEIXE DE LER }

Os diamantes artificiais da região mais pobre da Espanha

Em Extremadura, empresa americana faz pedras para a indústria de joias e também para a de microchips

Empresa americana Diamond Foundry produz, desde 2023, diamantes artificiais para a indústria de joias e em breve também para a indústria de microchips.

 

 

Texto Estação do Autor com DW.com

Edição Scriptum

 

Cada vez mais associados a destruição ambiental, a condições desumanas de trabalho e a conflitos sangrentos em vários países africanos, os diamantes naturais estão perdendo mercado para os artificiais. A primeira fábrica de diamantes criados em laboratório da Espanha foi instalada na região mais pobre do país, a Extremadura. Gerando emprego e aquecendo a economia, é lá que a empresa americana Diamond Foundry produz, desde 2023, diamantes artificiais para a indústria de joias e em breve também para a indústria de microchips.

Reportagem de Stefanie Claudia Müller para o site DW mostra como funciona a fábrica espanhola de diamantes artificiais que opera com uma equipe de 40 pessoas, principalmente engenheiros especializados em química, mecânica e aplicações industriais.

A Diamond Foundry ocupa uma área de 6 mil metros quadrados em Trujillo e produz diamantes artificiais em 20 reatores que exigem um complexo sistema de resfriamento com grandes exaustores. Enquanto um diamante real leva mil anos para se formar, ali se consegue em apenas quatro semanas fazer uma pequena pedra preciosa de 20 mm crescer até seu tamanho ideal, revela o diretor Eugenio de Arriba.

A De Beers, a maior produtora e comerciante mundial de diamantes naturais, sediada em Londres, está investindo na produção em laboratório. A rede de joalherias dinamarquesa Pandora, uma das maiores do mundo, anunciou em 2021 que passaria a vender apenas diamantes artificiais, dando como motivo as mudanças no comportamento de compradores mais jovens.

Além da produção de diamantes para a fabricação de joias, a Diamond Foundry investe na indústria de microchips. Em 2023, produziu o primeiro wafer usando um diamante cultivado em laboratório, com 100 mm de diâmetro. Em microeletrônica, wafers são placas com espessura milimétrica sobre as quais são construídos os microchips. Elas costumam ser feitas de silício, que tem origem principalmente na China.

Essa iniciativa agrada à União Europeia (UE) por ela significar menor dependência do silício chinês. No fim de 2024, a Comissão Europeia autorizou um auxílio de 81 milhões de euros do governo espanhol para a fábrica da Diamond Foundry, cuja produção será expandida para usos industriais.


ˇ

Atenção!

Esta versão de navegador foi descontinuada e por isso não oferece suporte a todas as funcionalidades deste site.

Nós recomendamos a utilização dos navegadores Google Chrome, Mozilla Firefox ou Microsoft Edge.

Agradecemos a sua compreensão!