
Uma aplicação, por exemplo, é injetá-lo no coração de recém-nascidos que possuem problemas cardíacos.
Texto Estação do Autor com Galileu
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O avanço tecnológico nas áreas de medicina e saúde tem trazido resultados surpreendentes. Estudo publicado na revista Nature mostra que pesquisadores da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, criaram um marcapasso menor que um grão de arroz, que cabe na ponta de uma seringa e pode ser injetado no organismo de forma não invasiva.
O estimulador cardíaco foi projetado para funcionar no organismo de forma temporária. Uma aplicação, por exemplo, é injetá-lo no coração de recém-nascidos que possuem problemas cardíacos. No entanto, a tecnologia pode funcionar em corações de todos os tamanhos. Reportagem de Tainá Rodrigues para a revista Galileu (assinantes) mostra como funciona o menor marcapasso do mundo.
Primeiro, cientistas fazem pareamento entre um dispositivo colocado no peito do paciente, capaz de monitorar o ritmo cardíaco, e o mini marcapasso, que é flexível e sem fio. O dispositivo emite um pulso de luz ao detectar que o batimento cardíaco está irregular e ativa o marcapasso. O ritmo do coração passa a ser controlado através dos pulsos emitidos que penetram na pele do paciente.
O novo marcapasso se dissolve naturalmente nos fluidos corporais após o uso, por se tratar de uma tecnologia biocompatível. Assim, não é necessário que o paciente realize uma cirurgia para extração. Apesar do seu tamanho diminuto (1,8 milímetro de largura, 3,5 milímetros de comprimento e 1 milímetro de espessura), a nova tecnologia consegue estimular o coração da mesma forma que um marcapasso tradicional.
Pioneiro nos estudos sobre bioeletrônica na Universidade Northwestern (EUA), John A. Rogers, que liderou a criação desse dispositivo, explica que por ser tão pequeno, o marcapasso pode ser integrado a quase qualquer tipo de aparelho implantável. Rogers acrescenta que o dispositivo é ativado para tratar complicações que podem ocorrer durante o processo de recuperação de um paciente. “Esse é apenas um exemplo de como podemos aprimorar os implantes tradicionais”, finaliza o pesquisador.