
Conferência da idade do internauta é importante barreira da entrada de crianças e adolescentes nas redes sociais
Texto Estação do Autor com Agência Brasil
Edição Scriptum
Jovens e crianças são as mais recentes vítimas da ação criminosa propagada nas redes sociais hoje. Cada vez mais frequentes, casos de violência e ódio envolvendo jovens usuários da internet deixam pais e responsáveis assombrados. O assunto está na reportagem de Daniella Almeida para a Agência Brasil, que traz a avaliação de um especialista em educação digital sobre o tema.
A responsabilidade por ambientes digitais seguros para crianças e adolescentes é compartilhada entre as famílias e as escolas e não deve estar dissociada da regulação das grandes empresas de tecnologia pelo Poder Público, defende o coordenador de educação digital do Instituto Alana, Rodrigo Nejm.
O especialista é a favor da responsabilização das plataformas virtuais que não protegem os adolescentes dentro de seus espaços. Nejm considera que é obrigação das chamadas big techs a adoção de procedimentos de segurança. Por outro lado, ressalta que a conferência da idade do internauta é importante barreira da entrada de crianças e adolescentes nas redes sociais, para não permitir que indivíduos muito jovens acessem serviços e conteúdos impróprios.
São muitas as formas de violência a que crianças e adolescentes estão sujeitos no mundo virtual. Entre elas está o cyberbullying, a prática de bullying por meio de tecnologias digitais, principalmente nas redes sociais.
A psicóloga e neuropsicóloga pelo Instituto de Psicologia Aplicada e Formação de Portugal, Juliana Gebrin, afirma que a melhor forma de tratar a questão é a prevenção, e que é preciso que os responsáveis e as escolas identifiquem sinais de que o problema está ocorrendo. A neuropsicóloga explica que o bullying interfere no desempenho escolar que começa a decair de forma abrupta assim como as relações sociais. Gebrin alerta para a tendência ao isolamento e a tentativa das vítimas de se protegerem do mundo em que vivem.