
Carros voadores poderão proporcionar deslocamentos curtos dentro das cidades, servindo como alternativa ao trânsito cada vez mais congestionado de grandes centros urbanos
Texto Estação do Autor com Folha de S.Paulo/Reuters
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O futuro da aviação sustentável deu mais um passo importante rumo ao futuro. A empresa americana Beta Technologies se tornou a primeira dos Estados Unidos a pousar um eVtols, popularmente conhecido como carro voador, totalmente elétrico, no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York. Aconteceu na terça-feira (3) e contou com o apoio da autoridade portuária local, responsável pela gestão do terminal. O voo experimental teve duração de 45 minutos e transportou um piloto e quatro passageiros.
A operação foi um avanço da chamada aviação elétrica urbana, setor em que empresas de transporte e companhias aéreas apostam nas aeronaves movidas a bateria capazes de decolar e pousar verticalmente. Reportagem com informações da Reuters e publicada na Folha de S.Paulo (para assinantes) mostra como funcionam as eVtols.
Os carros voadores poderão proporcionar deslocamentos curtos dentro das cidades, servindo como alternativa ao trânsito cada vez mais congestionado de grandes centros urbanos e, teoricamente, mais baratos que um helicóptero. Segundo a Beta, o custo de combustível para o voo de 45 minutos foi de apenas US$ 7 em comparação com o que estimou em US$160 para um helicóptero fazendo o mesmo trajeto.
Em comunicado, Kyle Clark, CEO e fundador da Beta, afirma que a aeronave pode ajudar as cidades, aliviando o tráfego, reduzindo emissões e ampliando o acesso à mobilidade aérea.
A empresa, fundada em 2017, tem sede no estado americano de Vermont. Em outubro do ano passado a companhia arrecadou US$ 318 milhões (R$ 1,8 bilhões) para impulsionar a produção e certificação de suas aeronaves. O total ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão. No mesmo mês, a FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA) publicou as regras de treinamento e certificação de pilotos para operação de táxis aéreos, consideradas o último passo regulatório antes da entrada em operação comercial dos modelos. O objetivo, segundo a empresa, é obter a certificação até o final de 2025.
No Brasil, a Embraer tem investido nesse mercado por meio da Eve Air Mobility, empresa dedicada ao desenvolvimento de aeronaves elétricas. O primeiro voo comercial da Eve está previsto para 2026, com testes em cidades como Rio e São Paulo.