
Wilson Rodrigues: situação da docência no século 21 sofreu profunda transformação e está na origem desta resistência corporativista
Redação Scriptum
O marco regulatório da Educação à Distância (EaD) no Brasil, instituído pelo Decreto nº 12.456/2025, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, despreza tecnologias do século 21 e olha para o passado com o único propósito de atender sindicatos e órgãos de classe de professores, corporações mais preocupadas com o próprio status quo que com os benefícios para os alunos. Assim o diretor-geral da Faculdade do Comércio de São Paulo (FAC-SP), Wilson Rodrigues, define o aumento da exigência de carga horária presencial no EaD na mais recente publicação do Espaço Democrático, o caderno Novas regras do ensino à distância são retrocesso, já disponível para leitura on-line ou download no site da fundação do PSD.
A publicação traz a íntegra da palestra de Rodrigues no Espaço Democrático, quando fez uma profunda análise do marco regulatório do EaD. Segundo ele, o decreto deveria tratar de Inteligência Artificial e todas as outras ferramentas digitais que possam estimular nos jovens habilidades de criatividade e inovação, essenciais profissionalmente hoje, mas em vez disso atende ao corporativismo sindical: “É público que houve diálogo entre sindicatos de professores e o MEC, no início do ano passado, antes de a Portaria 528 ter suspendido a criação de novos cursos, polos e faculdades de EaD”, disse.
No caderno, o diretor da FAC-SP destaca que a situação da docência no século 21 sofreu profunda transformação e está na origem desta resistência corporativista. “O professor que não se atualiza e não se adapta às novas tecnologias é um professor ultrapassado e muitos que não se adaptaram ou não quiseram se adaptar perceberam que estavam ficando para trás”