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Taxonomy - Manchete secundária

Cientistas descobrem que cães estão entrando em uma nova fase da evolução

Pesquisadores da Universidade de Linköping, na Suécia, defendem que o novo estágio de domesticação está ligado à ocitocina, responsável pelo vínculo social em cachorros

  [caption id="attachment_38884" align="aligncenter" width="560"] Hormônio oxitocina está levando os cachorros a terem um contato cada vez mais próximo com seus donos.[/caption]   Texto Estação do Autor com O Globo e agências internacionais Edição Scriptum   O melhor amigo do homem pode estar passando por outra onda de domesticação. Segundo pesquisadores da Universidade de Linköping, na Suécia, a nova fase de evolução dos cães está ligada à ocitocina, conhecida como o 'hormônio do amor', responsável pelo vínculo social em cachorros, especialmente em cães de serviço. Reportagem produzida por agências internacionais e publicada em O Globo mostra resultados do estudo da universidade sueca que desvendam como essa substância age, levando os cachorros a terem um contato cada vez mais próximo com seus donos. Apenas algumas décadas atrás, os cães eram vistos como animais de trabalho, encarregados de caçar pragas, pastorear o gado e proteger as casas. Mas, atualmente, sua companhia é a maior prioridade para os donos desses bichos de estimação. Segundo o jornal britânico Daily Mail, os cientistas apontam que à medida em que os humanos domesticaram os lobos, os transformando nos animais de estimação afetuosos que conhecemos hoje em dia, a sensibilidade dos caninos à ocitocina aumentou. Estudos anteriores à pesquisa realizada em 2017 apontam que variações no material genético, localizado próximo ao gene que codifica os receptores de ocitocina, influenciam a capacidade de comunicação dos cães. Isto é, as habilidades sociais de um cachorro estão parcialmente entranhadas em sua genética, em especial nos genes que controlam a sensibilidade à ocitocina. Para Brian Hare, professor de antropologia evolucionária na Duke University, na Carolina do Norte (EUA) e diretor do Duke Canine Cognition Center, e Vanessa Woods, do programa Puppy Kindergarten, que treina filhotes para se tornarem cães de serviço, as novas pressões sociais têm impulsionando uma terceira onda de domesticação canina, com cães de serviço representando os membros mais evoluídos da matilha. "Cães de serviço podem se parecer com um labrador retriever comum, mas comparados com cães de trabalho militar ou mesmo com um labrador de família comum, eles são quase uma raça diferente. As diferenças entre cães de companhia e cães de estimação também demonstram o quão diferente uma população de cães pode se tornar em menos de 50 anos", finalizaram.

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Estudo sugere que Cristóvão Colombo era judeu e espanhol

Pesquisa baseada em mais de duas décadas de análises de DNA concluiu que o navegador escondeu origem para escapar à perseguição católica

  [caption id="attachment_38877" align="aligncenter" width="455"] Pesquisa sugere que Colombo se converteu ao catolicismo para evitar a expulsão ou conversão forçada na Espanha católica.[/caption]    Texto Estação do Autor com O Globo e agências internacionais Edição Scriptum   Como toda ciência, a História não traz verdades absolutas e vem sendo reescrita a cada nova descoberta. Reportagem publicada em O Globo (assinantes) aborda recente estudo genético conduzido por cientistas espanhóis sugerindo que Cristóvão Colombo, o célebre explorador que mudou o curso da história em 1492 pode ter sido espanhol e judeu. Durante séculos, a origem de Colombo gerou controvérsias entre historiadores e países. A teoria mais aceita é de que ele teria nascido em Gênova, na Itália. No entanto, novas evidências indicam que ele provavelmente era de Valência, Espanha; e, segundo a BBC, pode ter escondido suas raízes judaicas para escapar da perseguição religiosa católica na Espanha. A pesquisa, baseada em mais de duas décadas de análise de DNA, sugere que Colombo se converteu ao catolicismo para evitar o destino de milhares de judeus que, na época, enfrentavam a expulsão ou conversão forçada na Espanha católica. A conversão supostamente ocorreu no mesmo ano em que o navegador iniciou sua expedição às Américas, em 1492, financiada pela Coroa espanhola. Liderado pelo professor José Antonio Lorente, da Universidade de Granada, e pelo historiador Marcial Castro, o estudo fez comparações genéticas com figuras históricas e parentes de Colombo, como seu filho Hernando e seu irmão Diego. Os pesquisadores acreditam que Colombo teria vivido em um período de intensa perseguição aos judeus na Espanha, quando 300 mil judeus foram obrigados a se converter ao catolicismo ou abandonar o país. Em meio a esse cenário, negar suas raízes judaicas poderia ter sido essencial para garantir sua segurança e posição social.

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O dilema existencial de Barcelona por causa do turismo excessivo

Pesquisa mostrou que um terço dos espanhóis acredita que há turistas demais no país, com essa percepção atingindo 48% na Catalunha

  [caption id="attachment_38870" align="aligncenter" width="560"] Turismo excessivo teve impacto no custo de vida local, puxado principalmente pela elevação do preço da moradia[/caption]       Texto Estação do Autor com BBC News Brasil Edição Scriptum   Na Europa, o verão de 2024 está sendo considerado atípico não apenas pelas ondas de calor, mas também pelos protestos contra o excesso de turismo. Manifestações antiturismo aconteceram em Portugal, Itália e Grécia, e medidas tiveram que ser anunciadas para conter a invasão de visitantes. Na Espanha, segundo destino turístico mais procurado no mundo, e especialmente em Barcelona, a insatisfação dos residentes pela ocupação do espaço público por estrangeiros parece ter atingido o seu limite. Confira na reportagem de Aline Scarso para a BBC o que leva a cidade catalã a ter uma situação considerada particularmente grave por conta do turismo desenfreado. A superlotação de áreas turísticas, como o Passeio Joan Borbó, a Rambla Catalunha e as imediações da Sagrada Família, levou os moradores a evitarem essas regiões por conta de congestionamentos. Uma pesquisa online da YouGov, divulgada em setembro, mostrou que um terço dos espanhóis acredita que há turistas demais no país, com essa percepção atingindo 48% na Catalunha. Além disso, 28% dos espanhóis têm uma visão negativa dos visitantes estrangeiros, um número muito superior ao de outros países europeus como França (16%) e Alemanha (14%). A capital catalã vem batendo seus próprios recordes. Em 2023, recebeu 15,6 milhões de turistas, quase 10 vezes mais pessoas do que o tamanho da sua população. Segundo um relatório recente da prefeitura, o município recebeu, de janeiro a julho de 2024, cerca de 7 milhões de visitantes, 6% mais que em 2023. Este turismo massivo tem agravado os problemas urbanos. O custo de vida, puxado principalmente pela elevação do preço da moradia, é uma queixa recorrente. Os aluguéis subiram 68% nos últimos dez anos, obrigando moradores a deixarem suas casas. Em resposta, a prefeitura anunciou medidas como o controle de aluguéis e o plano de suspender até 2028 as 10.101 licenças de imóveis turísticos para aumentar a oferta de habitação para os locais. Em uma pesquisa divulgada pelo Escritório Municipal de Dados em fevereiro, 56% das pessoas afirmaram que o turismo é a atividade que mais traz valor econômico à cidade. Em contrapartida, 61% considera que a cidade já atingiu o seu limite para receber visitantes. Gerenciar e medir o sucesso de um destino para não morrer de êxito tem sido o lema do governo estadual, que afirma pretender descentralizar o turismo para outras regiões da Catalunha.

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Desextinção: empresa promete recriar o mamute, abrindo discussões éticas e ambientais

Cientistas alertam para riscos de desequilíbrios e apontam que a iniciativa é mais de demonstração de poderio tecnológico que de conservação

[caption id="attachment_38858" align="aligncenter" width="560"] Especialistas acreditam que a primeira criatura que poderá emergir de um projeto do gênero não será exatamente um mamute.[/caption]       Texto Estação do Autor com O Globo Edição Scriptum   Mamutes poderão caminhar novamente pela Terra depois de dez mil anos. Segundo a revista Cell, a mais prestigiosa da área de biologia, cientistas fizeram em julho a reconstrução de cromossomos de um mamute morto na Sibéria há 52 mil anos. E uma empresa americana de biotecnologia, a Colossal Biosciences, promete que os primeiros filhotes do animal extinto voltarão ao mundo em 2028. O avanço da genômica pretende ressuscitar espécies mortas e trazer de volta animais extintos ou produzir criaturas parecidas com eles. Reportagem de Ana Lucia Azevedo para O Globo (assinantes) relata as discussões éticas e ambientais a partir da desextinção. Um dos questionamentos é se os mesmos métodos poderiam ser usados em humanos. Por outro lado, o mundo em que essas criaturas viviam também já não existe mais. São muitos os cientistas que alertam para riscos de desequilíbrios e que a desextinção é mais uma demonstração de poderio tecnológico do que uma iniciativa de conservação. Especialistas acreditam que a primeira criatura que poderá emergir de um projeto do gênero não será exatamente um mamute. Será um híbrido, com muito de elefante e pouco de mamute, criado a partir da combinação de técnicas de biologia sintética, bioinformática e clonagem. Em seres humanos, o mais perto que se chegou foi sequenciar o genoma de hominídeos extintos. O primeiro foi do Homem de Neandertal, em 2010, sequenciado por uma equipe liderada pelo sueco ganhador do Prêmio Nobel de Medicina Svante Paabo. O mesmo Paabo sequenciou depois, em 2019, o genoma do Denisovan, outro humano extinto, que habitou a Ásia, entre 30 mil e 50 mil anos atrás. Mamute-lanudo, dodo e o tigre-da-Tasmânia são outras espécies extintas que a Colossal Biosciences está tentando recriar usando técnicas de edição genética. O projeto para a recriação do mamute passa por inserir genes no genoma de elefantes asiáticos, porém, o código genético completo desse animal ainda é pouco compreendido. Outras espécies, como o dodo e o tilacino, podem ser recriadas primeiro, já que suas amostras genéticas têm melhores condições. O DNA degradado é um grande obstáculo na recriação de espécies extintas. Entre avanços e desafios, os cientistas, em sua maioria, concordam que muito melhor do que trazer de volta espécies perdidas é não deixar que as atuais se extingam.

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