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Taxonomy - Manchete secundária
Criado por estudantes, aplicativo ajudará usuários de trens em SP
Alunos de faculdade de tecnologia criam app que será usado para os trens da CPTM
[caption id="attachment_40015" align="aligncenter" width="560"] Entre outras melhorias, o aplicativo permitirá que os passageiros comuniquem problemas nas estações, como por exemplo escadas rolantes fora de serviço[/caption]
Edição Scriptum com Estação do Autor e Estadão
Até o final do ano a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) vai disponibilizar um aplicativo desenvolvido por estudantes de tecnologia para oferecer um serviço mais eficiente aos usuários. Os trinta e dois alunos do 3º ano de Engenharia de Computação da Faculdade Inteli criaram em apenas dez semanas o aplicativo que será integrado ao sistema da CPTM. Os universitários melhoraram as ferramentas que já existiam no app antigo.
Reportagem de Isabela Moya para o Estadão (assinantes) mostra as melhorias e funcionalidades do novo aplicativo, como mapas interativos, acompanhamento em tempo real dos trens, serviços disponíveis nos arredores das estações (caixa eletrônico ou Poupatempo), registro de ocorrências, disponibilidade no bicicletário e atendimento para pessoas com deficiência (PCD).
O projeto faz parte da grade curricular. Todo semestre os alunos prestam serviço para um cliente diferente, já trabalharam com grandes marcas como Volkswagen, Hospital Sírio Libanês e IBM, por exemplo. Esses projetos estão integrados às aulas.
A CPTM entrou no momento em que os estudantes precisavam construir um aplicativo “hiperescalável”, ou seja, que fosse utilizado por muitas pessoas. Diariamente, cerca de 2 milhões de pessoas utilizam as linhas de trem na Grande São Paulo.
A criação da plataforma foi feita por duas vias, com o desenho do escopo pela equipe técnica da CPTM e o desenvolvimento pelos estudantes. Segundo Maicon Satiro, gerente de Gestão Estratégica Empresarial da estatal, essa parceria com universidades tem sido uma prática constante. Ele explica que esse tipo de colaboração gera benefícios para as duas partes. Para os alunos, é uma oportunidade de trabalhar em projetos aplicados ao mundo real e para a empresa é uma forma de se aproximar do meio acadêmico e incorporar novas visões aos seus serviços.
Entre outras melhorias, o aplicativo permitirá que os passageiros comuniquem problemas nas estações, como por exemplo escadas rolantes fora de serviço, agilizando o contato com a administração da empresa, além de contribuir para uma resposta mais rápida.
Como o Sena mantém o Louvre fresco durante o verão
Rio que atravessa a capital francesa fornece água para resfriar monumentos e prédios públicos
[caption id="attachment_40010" align="aligncenter" width="560"] Paris possui a maior rede de resfriamento urbano da Europa: 110 quilômetros de tubos subterrâneos, que ajudam a reduzir o uso de sistemas de ar-condicionado [/caption]
Edição Scriptum com Estação do Autor e Agence France Presse / g1
Em pleno verão, Paris sofre com o extremo calor, que deve se intensificar nos próximos dias. Para enfrentar o problema, a cidade conta com uma rede pouco conhecida de tubos subterrâneos, que resfria o Museu do Louvre e outros monumentos históricos graças à água do rio Sena. Reportagem da Agence France Presse publicada no g1 mostra como funciona esse sistema de resfriamento eficiente e sustentável ainda pouco utilizado em todo o mundo.
Desde 1991, a água do rio tem sido usada para resfriar mais de 800 edifícios na capital francesa. Paris possui a maior rede de resfriamento urbano da Europa: 110 quilômetros de tubos subterrâneos, que ajudam a reduzir o uso de sistemas de ar-condicionado que consomem muita energia.
A tecnologia não é nova. A sede das Nações Unidas em Nova York tem usado a água do East River para resfriamento desde a década de 1950. Em Paris, porém, a rede cresceu consideravelmente nos últimos anos para enfrentar ondas de calor mais intensas e frequentes.
O processo funciona de maneira semelhante a uma rede de aquecimento urbano, mas ao contrário: o calor é transferido do ar para a água fria que é bombeada através dos tubos para os edifícios da cidade. Mas, diferentemente do ar-condicionado convencional, não libera ar quente nas ruas, segundo a Fraîcheur de Paris, que administra a rede de resfriamento do Sena e outras em Barcelona, Singapura e Dubai.
As ondas de calor podem elevar as temperaturas de verão a 50ºC até 2050 em Paris, garante Raphaëlle Nayral, secretária-geral da Fraîcheur de Paris. Para Nayral, a cidade precisa de uma solução mais sustentável do que o ar-condicionado, que carrega consigo uma alta demanda de calor e energia. "Caso contrário, tornaremos esta cidade completamente inabitável", diz.
Na rede de Paris, 12 estações de resfriamento bombeiam água resfriada do Sena para 867 locais em toda a cidade, incluindo o edifício da Assembleia Nacional, onde os deputados debatem as leis.
Mesmo no inverno, o rio pode ser útil para resfriar salas de servidores e centros comerciais.
Desastres climáticos triplicam no Brasil em uma década
Estudo mostra que, entre 2020 e 2023, foram 7.539 ocorrências, contra 2.335 em toda a década de 1990
[caption id="attachment_40000" align="aligncenter" width="560"] Entre 2020 e 2023, foram registrados 7.539 eventos do tipo, um salto significativo em comparação com os 2.335 ocorridos em toda a década de 1990.[/caption]
Edição Scriptum com Estação do Autor e Um Só Planeta
Um novo estudo divulgado pela Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, UNESCO e Fundação Grupo Boticário, aponta um aumento de 3,2 vezes nos desastres climáticos causados por chuvas intensas no Brasil nesta década. Entre 2020 e 2023, foram registrados 7.539 eventos do tipo, um salto significativo em comparação com os 2.335 ocorridos em toda a década de 1990.
Reportagem publicada no site Um Só Planeta traz informações sobre o relatório “Temporadas das águas: o desafio crescente das chuvas extremas”, que alerta para a intensificação desse cenário devido às mudanças climáticas. Desde 1991, o Brasil contabiliza 26.767 eventos relacionados a chuvas extremas, com um crescimento acentuado a partir dos anos 2000. A média anual de registros a partir de 2020 foi duas vezes maior do que na década anterior e 7,3 vezes superior à da década de 1990.
O estudo mostra que o regime de chuvas no País está em transformação. Projeções do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) indicam um aumento de 30% nas chuvas nas regiões Sul e Sudeste, enquanto Norte e Nordeste podem registrar uma redução de até 40% até 2100. O número de municípios brasileiros atingidos cresceu drasticamente. Atualmente, 83% das cidades brasileiras já enfrentaram algum tipo de evento extremo associado a precipitações, um aumento em relação aos 27% nos anos 1990 e 68% nos anos 2000.
Nos anos 1990, aproximadamente 400 mil pessoas foram afetadas. Somente entre 2020 e 2023, esse número disparou para 31,8 milhões. Em 2024, o desastre no Rio Grande do Sul impactou 2,4 milhões de moradores, elevando a média anual de afetados para 6,8 milhões, quase o dobro da média da década anterior (3,8 milhões).
Os danos à saúde e ao bem-estar da população são alarmantes. Cerca de 90% dos indivíduos foram afetados por eventos relacionados às chuvas. Aproximadamente 654 mil pessoas ficaram feridas ou doentes, e 8,7 milhões de pessoas desabrigadas ou desalojadas. Os desastres resultaram em 4.247 mortes, representando 86% de todas as fatalidades causadas por desastres climáticos no Brasil.
Card link Another linkChat GPT pode impactar negativamente a aprendizagem
MIT chama a atenção para desempenho inferior, em testes, dos usuários de ferramentas de inteligência artificial
[caption id="attachment_39980" align="aligncenter" width="560"] De acordo com os pesquisadores, as conclusões revelaram, “diferenças significativas na conectividade cerebral”.[/caption]
Texto: Estação do Autor com Agência Brasil
Edição: Scriptum
Cada vez mais utilizado por estudantes e professores, o Chat GPT provoca uma discussão importante. De que maneira a Inteligência Artificial (IA) pode interferir no nível de aprendizagem do usuário? Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, chamam a atenção para possíveis efeitos negativos que a IA pode ter na aprendizagem das pessoas, principalmente dos jovens.
O estudo investigou os impactos da utilização de LLM, sigla em inglês para grande modelo de linguagem. Trata-se de um tipo de inteligência artificial projetada para entender e gerar textos que se assemelham à linguagem humana. A LLM é usada em ferramentas como o Chat GPT e é o que possibilita verdadeiras conversas com a IA. Reportagem de Mariana Tokarnia para a Agência Brasil traz detalhes sobre a pesquisa.
Ao longo de quatro meses, os usuários do LLM apresentaram desempenho inferior consistentemente nos níveis neural, linguístico e comportamental. Esses resultados levantam preocupações sobre as implicações educacionais de longo prazo da dependência do LLM e ressaltam a necessidade de uma investigação mais aprofundada sobre o papel da IA na aprendizagem, destaca a pesquisa.
O trabalho dividiu 54 pessoas em três grupos. O primeiro utilizou o Chat GPT na escrita. O segundo usou somente ferramentas de busca, como o Google. Já o terceiro não pôde consultar nenhuma dessas fontes, ficando restrito aos próprios cérebros.
Para analisar a atividade cerebral foram feitas eletroencefalografias (exame que registra a atividade elétrica do cérebro). Os ensaios escritos foram analisados tanto por professores humanos quanto por IAs voltadas para o Processamento de Linguagem Natural (PLN), ramo que se dedica a fazer com que IAs compreendam e manipulem a linguagem humana.
De acordo com os pesquisadores, as conclusões revelaram, “diferenças significativas na conectividade cerebral”. Os participantes que usaram apenas as próprias capacidades cognitivas exibiram redes fortes e mais distribuídas de atividade cerebral. Aqueles que usaram apenas mecanismos de busca apresentaram atividade moderada. Enquanto os usuários do Chat GPT registraram conectividades cerebrais mais fracas.