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Educação financeira é tema de novo livro de Roberto Macedo

Obra traz dicas para atingir a prosperidade pessoal, familiar e do Brasil, como define o autor

Redação Scriptum O economista Roberto Macedo tem uma preocupação recorrente, que com frequência manifesta nas reuniões semanais do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD –, do qual é um dos integrantes: a falta de educação financeira do brasileiro médio. Mais de uma vez ele recorreu à mesma ideia para mostrar como as pessoas não tem cultura de poupar. “Dizem que vão guardar o que sobra depois de pagar as despesas do mês e aí entra inclusive o que não é essencial”, diz. “Não pode ser assim; tem que separar a parte da poupança logo que o salário chega e depois sim destinar o dinheiro para outras coisas”. Esta ideia deu origem ao livro que acaba de ser lançado por Macedo, mestre e doutor em economia pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento na gestão de Marcílio Marques Moreira. No alto da capa de Economania (Editora Lux, 316 páginas, disponível na Amazon), duas frases dão o mote central da obra: Renda – consumo = poupança? Não. Renda – poupança = consumo? Sim. “O que se poupa não pode ser colocado em terceiro lugar, como nessa definição, como se fosse um resto que pode nem existir”, diz o autor. “É preciso ter a poupança como meta ambiciosa e o consumo reduzido ao indispensável”. No subtítulo –104 dicas de educação financeira para a prosperidade pessoal, familiar e do Brasil Macedo diz que deixou de fora, propositalmente, a palavra lições, embora seja docente – foi professor titular, chefe de departamento e diretor da Faculdade de Economia da USP. “Não usei o termo porque entendo que é muito professoral e na minha visão o poupador tem que ter um papel muito ativo ao administrar sua poupança e seus investimentos”, explica. Ele define que a obra é para o “cidadão comum, como quem vive de salário e nem pode ou quer contar com uma boa herança, com prêmios lotéricos ou com atividades ilegais para construir um patrimônio que lhe dê tranquilidade na aposentadoria, cujo planejamento deve começar o mais cedo possível”. Em 15 capítulos, Economania trata de conceitos básicos como dinheiro, preços, juros e inflação, entre outros, além do que é educação financeira, por que é necessária e como adquiri-la e mantê-la. Também busca suprir o que o autor chama de “carência informativa”, pois o noticiário sobre investimentos, segundo ele, vem principalmente do mercado financeiro e enfatiza a renda fixa e a renda variável. O livro tem prefácio de Armínio Fraga, fundador da Gávea Investimentos, Ph.D. em Economia pela Universidade Princeton (EUA), ex-presidente do Banco Central e um dos mais festejados economistas do País.

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Espaço Democrático faz retrospectiva de 2024 e traça perspectivas para 2025

Mesa redonda na reunião semanal da fundação do PSD debateu fatos que foram destaque no Brasil e no mundo

  [caption id="attachment_39142" align="aligncenter" width="560"] Reunião semanal de colaboradores do Espaço Democrático[/caption]     Redação Scriptum   Consultores e colaboradores do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD – fizeram uma mesa-redonda de análise dos eventos mais importantes de 2024 e das perspectivas para o Brasil e o mundo em 2025. Os debates do terceiro encontro semanal de dezembro tiveram a participação do superintendente da fundação, João Francisco Aprá, dos economistas Luiz Alberto Machado e Roberto Macedo, do advogado Roberto Ordine, do sociólogo Tulio Kahn, dos cientistas políticos Rubens Figueiredo e Rogério Schmitt, do gestor público Januario Montone, do médico sanitarista e ambientalista Eduardo Jorge, da secretária do PSD Mulher nacional, Ivani Boscolo, e dos jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino, coordenador de comunicação do Espaço Democrático. Gargalos da economia Luiz Alberto Machado e Roberto Macedo chamaram a atenção para as grandes pressões que a economia brasileira sofrerá no próximo ano, especialmente em razão do viés de alta dos gastos públicos. “O presidente Lula acredita que gastar é governar, mas é necessário conter a escalada”, disse Machado. Ele apontou que o Brasil deve crescer entre 3,5% e 4% em 2024, contrariando as previsões mais pessimistas feitas no início do ano, “mas a sustentabilidade deste crescimento é a grande incógnita para o próximo ano”. Para o economista, “a combinação de inflação, juro alto e câmbio é uma ameaça difícil de contornar”. Macedo destacou que muitas empresas estão recuando em seus planos de investimento por causa do juro alto. “E o Brasil ainda pode enfrentar mais problemas com a posse de  Donald Trump nos Estados Unidos, especialmente com a ameaça de aumento de tarifas de importação dos nossos produtos”. Roberto Ordine, presidente da Associação Comercial de São Paulo, relatou que o empresariado está assustado: “Há muita intranquilidade e quem tem dinheiro está tirando do País, um movimento que é acompanhado pelo capital especulativo”, afirmou. Ele citou o que considera um agravante neste quadro: as declarações infelizes do presidente Lula sobre a economia. “São populismo”, disse. O ano que está terminando, porém, trouxe uma surpresa para a economia da América Latina, segundo Machado: a gestão de Javier Milei na Argentina. “Ele entregou muito e teve o mérito de não ter mentido”, afirmou o economista. “Avisou que o primeiro ano seria muito difícil e o resultado macroeconômico é inegavelmente ótimo”. Crime digital em alta O sociólogo Tulio Kahn, especialista em segurança pública, destacou a tendência de crescimento dos crimes digitais ao longo de 2024, ao mesmo tempo em que, com a melhora da economia, os crimes violentos de rua continuaram caindo. “O criminoso é racional: sabe que o estelionato é mais compensador, pois a punição é menor e o butim, maior”, afirmou. Kahn destacou outros dois importantes fenômenos registrados em 2024 na área da segurança pública. O primeiro deles é que o crescimento rápido e desordenado da Amazônia Legal, formada por 772 municípios – localizados nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão – já provoca o aumento da criminalidade da região, onde é grande a atividade que promove o desmatamento, como a mineração legal e ilegal, as queimadas para aumentar a área de plantio e de pecuária e a extração legal e ilegal de madeira. O outro é o crescimento da letalidade policial em São Paulo aos níveis pré-pandemia de Covid-19. O plano do golpe e as eleições Os cientistas políticos Rubens Figueiredo e Rogério Schmitt analisaram a conjuntura política brasileira já com o pano de fundo da próxima eleição presidencial. Figueiredo, que definiu o plano de golpe descoberto pela Polícia Federal como iniciativa digna “do Agente 86 ou do Inspetor Clouseau”, personagens trapalhões e cômicos da televisão e do cinema, acredita que o episódio terá impacto na eleição de 2026. “A queda na intenção de voto de Jair Bolsonaro já está aparecendo nas pesquisas”, disse. Os novos lances do embate quase permanente entre os poderes também foi um tema destacado pelo cientista político. “No Brasil, Executivo Legislativo e Judiciário se movimentam para aumentar o próprio poder”, apontou. “Por isso sou pouco otimista em relação a 2025”. Avaliando já o cenário da próxima eleição, Schmitt falou sobre a dificuldade da oposição ao petismo. “Qualquer candidato que dependa da herança política do Bolsonaro terá de se reposicionar diante dos últimos eventos”. Do lado governista, ele aposta que a meta de Lula será perseguir o grau de investimento para o Brasil. Schmitt lembrou da importância da troca de comando na Câmara e no Senado para a disputa de 2026. E não descartou uma reforma ministerial já com este horizonte eleitoral em vista. Vacinas e dengue 2024 foi o ano em que O Brasil venceu a desinformação contra a vacinação. “Mesmo com toda a campanha anti-vacina do governo Bolsonaro, conseguimos recuperar as metas e adquirir, por exemplo, a certificação de área livre do sarampo, que havia sido perdida em 2019, enfatizou Januario Montone, gestor público na área de saúde. “Tivemos uma grande vitória das bases do SUS: a cobertura vacinal para BCG, tríplice viral e pólio atingiu mais de 90%”. Mas nem tudo funcionou bem. Ele apontou o avanço da dengue, decorrente da falta de prevenção no ano anterior. “Todos sabemos que não dá para combater o mosquito depois que ele voa”, disse. “Foram cerca de 6,5 milhões de casos”. A esperança, afirmou, é a vacina que foi desenvolvida pelo Instituto Butantã, em São Paulo, e que já está sendo analisada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “É a primeira do mundo, já com eficiência comprovada, e estará disponível em 2026”. Mais espaço à mulher A secretaria do PSD Mulher nacional, Ivani Boscolo, chamou a atenção para o intenso trabalho de formação política que o núcleo feminino do partido vem fazendo, fruto de uma parceria com o Insper. “Já fizemos eventos em vinte e uma capitais, cada um deles com grupos entre 30 e 90 mulheres”, lembrou. Os professores são do Insper e só podem participar do curso mulheres que sejam filiadas ao PSD. O empenho do polo feminino é para aumentar a participação feminina na política. Em 2024, o PSD elegeu 102 prefeitas, 125 vice-prefeitas e 1.141 vereadoras em todo o País. O planeta pede socorro Médico sanitarista e ambientalista, Eduardo Jorge falou sobre a emergência climática: em 2025 este continuará sendo um dos principais temas no mundo e em especial no Brasil, que sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30. Jorge lembrou que o Acordo de Paris previa metas para as emissões de forma que a temperatura média não subisse mais que dois graus em relação à média de meados do século 19. “Neste ano já temos aumento de 1,5 grau”, disse. Segundo ele, todas as iniciativas mostram que a humanidade caminha no rumo certo, mas em ritmo inadequado. Como pontos positivos, lembrou o avanço que o Brasil teve na redução do desmatamento este ano, 20%, mas apontou que se deve mais à fiscalização, que cresceu, que em uma opção pela preservação. E destacou que a transição energética brasileira vem avançando: hoje, 25% de nossa energia é eólica e solar.

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‘Precisamos de um pacto nacional pelo ajuste fiscal’

O economista Felipe Salto foi o palestrante da reunião semanal do Espaço Democrático

    Edição Scriptum   O Brasil ainda não vive uma crise fiscal, como mostra a demanda por títulos do governo, mas pode vir a enfrentar sérios problemas nessa área, uma vez que as despesas do governo vêm se tornando incontroláveis. O alerta é de Felipe Salto, economista-chefe e sócio da Warren Investimentos e ex- secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, que palestrou na reunião semanal do Espaço Democrático, a fundação do PSD para estudos e formação política, realizada na terça-feira (10). Salto, que a partir de agora se torna também colaborador do Espaço Democrático, foi o primeiro diretor executivo da Instituição Fiscal Independente, órgão de assessoramento do Senado Federal. Em sua palestra, o economista falou sobre o conjunto de medidas recentemente apresentado pelo governo federal com o objetivo de reduzir seus gastos e estabilizar o endividamento público. Para ele, o pacote trouxe medidas importantes, que devem contribuir para diminuir despesas, mas foram cometidos erros que podem comprometer sua execução. Salto destacou como positivas medidas para restringir o salário mínimo, o abono salarial, o Benefício de Prestação Continuada, o Fundeb (fundo da educação), as emendas parlamentares, a previdência dos militares, os subsídios e subvenções, entre outras. Para ele, são iniciativas corretas. Um dos erros, disse, foi incluir no conjunto uma medida que vai na direção contrária, cortando receita e não despesas (isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais). Outro equívoco, afirmou Salto, é que o pacote não tem a intensidade necessária para chegar ao objetivo proposto, que é enfrentar a dívida pública, que hoje está por volta de 77% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele lembrou que reduzir o endividamento e organizar melhor os gastos públicos são o único caminho para o governo ganhar fôlego e voltar a investir em infra-estrutura e políticas públicas que ataquem os problemas hoje existentes, promovendo o crescimento econômico e o desenvolvimento social. Respondendo a pergunta do advogado Roberto Ordine, consultor do Espaço Democrático, Felipe Salto considerou que vale a pena, para os empresários, investir no Brasil. “Temos um potencial gigantesco e excelentes oportunidades, mas está faltando liderança política para colher resultados, os frutos maduros que temos ao alcance de nossas mãos”, disse. Em sua opinião, é necessário um pacto republicano no qual os diversos segmentos da sociedade cheguem a um consenso sobre o caminho a ser percorrido, a exemplo do que ocorreu no Plano Real, quando o maior problema do País era a hiperinflação. “Precisamos de um pacto para resolver a questão dos gastos públicos, não adianta ficar brigando com o mercado”, concluiu.   [caption id="attachment_128181" align="aligncenter" width="560"] Reunião semanal do Espaço Democrático[/caption]   Participantes A reunião semanal do Espaço Democrático teve também a presença de Cesário Ramalho, coordenador do conselho temático de agronegócio da fundação e ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira e de diversas outras entidades do setor. Além dele, estiveram presentes o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, os cientistas políticos Rubens Figueiredo e Rogério Schmitt, a secretária nacional da fundação Espaço Democrático e do PSD Mulher, Ivani Boscolo, os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado, o médico sanitarista e ambientalista Eduardo Jorge, o sociólogo Túlio Kahn, o advogado Roberto Ordine, o consultor e gestor de saúde pública Januário Montone, e os jornalistas Marcos Garcia de Oliveira e Sérgio Rondino, coordenador de Comunicação do ED.

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Foco da Lei das Bets foi na arrecadação de impostos, não na saúde pública

Caderno Democrático “O transtorno do jogo” traz entrevista com o psicanalista Hermano Tavares, da USP

Redação Scriptum   Aumentar a arrecadação de impostos. Este parece ter sido o foco central da legislação que regulamenta a operação das empresas de apostas on-line no Brasil, a chamada Lei das Bets, que entra em vigor em janeiro. “A preocupação maior foi com os aspectos financeiros e econômicos da questão que com o impacto sobre a saúde das pessoas, especialmente aquelas das faixas socioeconômicas baixas, as que mais têm sofrido o impacto”, avalia o doutor em Psiquiatria Hermano Tavares, criador do Programa Ambulatorial do Jogo Patológico (PRO-AMJO), do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). Ele é o personagem da mais recente publicação do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD –, o caderno intitulado O transtorno do jogo, disponível para leitura on-line ou download  no site da fundação. O fascículo traz a íntegra da entrevista dada por Tavares ao programa Diálogos no Espaço Democrático, disponível no canal de Youtube da fundação. Tavares dá uma razão muito objetiva para explicar a sua análise: “A lei destina 1% do recolhimento para o Ministério da Saúde e este 1%, que é insuficiente e irrisório, vai cair no Ministério da Saúde e sabe-se lá se vai ser usado especificamente para tratamento do jogador compulsivo, ou para prevenção, ou para a capacitação da rede”, diz. “A demanda de tratamento nunca encontrará a oferta que precisa”. O psiquiatra foi entrevistado pelo gestor em saúde Januario Montone e pelos jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino, coordenador de comunicação do Espaço Democrático e âncora do programa de entrevistas. Na conversa, ele destacou que esta não é a primeira vez que o Brasil passa por um surto deste tipo. Nos anos 1990 havia muitas pessoas jogando demais e o País teve uma epidemia de transtorno do jogo. “Houve o acesso amplo e facilitado ao jogo, sobretudo às máquinas caça-níqueis, que foram incluídas indevidamente na lei do bingo através da definição de máquinas de vídeo bingo”, lembrou. “A história está se repetindo: estamos soterrados pela demanda de pessoas com problemas com o jogo; a demanda não vai aumentar, ela já aumentou e estamos lidando com o problema”.

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