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{ ARTIGO }

12 estratégias para estudar para provas

Economista Roberto Macedo fala sobre as técnicas de estudos atuais e como algumas delas se relacionam com os métodos que ele usou no passado

Roberto Macedo, economista e colaborador do Espaço Democrático

Edição Scriptum

 

Li na edição de 29 de setembro da Folha de S.Paulo um interessante artigo de Daniela Moya com dicas para estudar para provas. Vou resumir aqui. O que me atraiu no artigo foi que ao longo da minha vida educacional, modestamente bem-sucedida, segui várias dessas 12 dicas, que seguem com observações minhas entre parênteses:

  1. Ambiente de estudo favorável (estudava isolado num cômodo da casa), … desativando o celular (depois que surgiu).
  2. Horários fixos: o cérebro humano é ‘obcecado por rotinas’ (como fiz muitos cursos noturnos e trabalhava à tarde, estudava em casa logo depois do café-da-manhã); a neuropsicóloga lembra… que não é preciso dedicar mais que 3 ou 4 horas para estudar num mesmo dia. Esse período pode ser dividido em duas ou três sessões ao longo do dia.
  3. Pausas rápidas e pausas longas. O cérebro funciona em ciclos… com duração de 90 a 120 minutos. … e fazer pausas longas, de 20 a 30 minutos… caminhando ou se exercitar. Também pode ser interessante fazer pausas curtas.
  4. Resumos escritos a mão. Apesar de parecer mais prático fazer resumos no computador ou simplesmente grifar o texto, a ciência mostra que o método tradicional é mais eficaz. Escrever a mão …  alia o ato mecânico da escrita ao processo intelectual da memorização… (na escola eu tinha um caderno para cada disciplina nos quais resumia as aulas do professor ao ouvi-las; admito que grifava trechos de livros).
  5. Depost-its para flash cards. … post-its espalhados pela parede não são uma técnica de memorização eficaz … Quando a informação está sempre visível e disponível, o cérebro não se esforça para guardá-la… mais eficientes são os flash-cards – cartões físicos ou digitais com uma pergunta de um lado e a resposta no outro – forçando o cérebro a resgatar a informação ativamente (hoje, uso muito cartões pequenos, de 10 linhas, para guardar lembretes ou mesmo anotações de palestras).
  6. Recordação ativa. Em vez de simplesmente reler o material, a técnica consiste em testar ativamente o cérebro, forçando-o a ‘puxar’ a informação da memória (fazia isso a partir de meus cadernos e livros).
  7. Bancando o professor. Ensinar o conteúdo estudado para outra pessoa… também é uma das formas mais eficientes de aprender e fixar as informações (às vezes fazia isto com meus colegas e até com os professores nos exames orais).
  8. Formatos diferentes, estímulos diferentes. Leituras…  vídeos e áudios.
  9. Assuntos intercalados… alternar entre diferentes disciplinas durante uma sessão de estudo em vez de focar por horas em um único assunto, pode ajudar na retenção das informações (acho isso inevitável pois algumas disciplinas tomam mais tempo que outras).
  10. Sistemas de recompensas… Por exemplo, se eu cumprir com o planejamento de estudos de hoje, posso assistir a um filme mais tarde (Nunca fiz isso, nem tinha tempo; minha recompensa boa mesmo eram as boas notas que tirava).
  11. Manejo do estresse e da ansiedade. Uma boa noite de sono, alimentação saudável e prática de atividade são muito importantes. (Sempre tive a primeira e a segunda. Na atividade física, andava muito entre a residência, o trabalho e as escolas, depois do ensino médio).
  12. Inteligência Artificial como ‘assistente pessoal’. ‘… chat para criar questionários (mas) …  Eu não gosto que a IA pense por mim. Isso mata o estímulo para o meu cérebro.” (o uso de IA no estudo ainda está nos seus primórdios no Brasil. Ainda ontem assisti a uma palestra de um especialista em IA e fiquei abismado pelos equívocos e erros a que ela pode levar. É preciso estudar muito antes de praticá-la).

 

Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.


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