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{ ARTIGO }

As eleições municipais enriquecem a política brasileira

Para Rogério Schmitt a disputa nas cidades é uma celebração da participação popular democrática e um espaço para a renovação de lideranças políticas locais

 

Rogério Schmitt, cientista político e colaborador do Espaço Democrático

Edição Scriptum

 

A segunda quinzena de agosto marca o início oficial da campanha eleitoral que renovará prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios brasileiros.

Segundo as estimativas (ainda parciais) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cerca de 500 mil candidatos disputarão o voto dos cerca de 155 milhões de eleitores brasileiros.

A data de 16 de agosto marca o início do prazo para que os candidatos realizem comícios, distribuam material gráfico, promovam caminhadas e façam propaganda na mídia impressa e na internet.

Um pouco mais para a frente, em 26 de agosto, começará também o horário eleitoral na televisão e no rádio. E os primeiros debates entre os candidatos a prefeito já estão nas manchetes do noticiário há pelo menos uma semana.

Vamos respirar eleições locais todos os dias até 6 de outubro, data do primeiro turno. Além disso, em 103 cidades com mais de 200 mil eleitores (o que inclui todas as capitais), ainda poderá haver segundo turno, previsto para 27 de outubro.

Costumo sempre repetir que as eleições municipais são u0ma festa de vitalidade para a nossa democracia, muito mais do que qualquer outra votação que acontece no País. Em números arredondados, um em cada 300 brasileiros disputará o nosso voto. Em que outra eleição é tão grande a chance de que conheçamos pessoalmente algum candidato? Eu mesmo conheço vários.

Outra característica única das eleições locais é o fato de que, do ponto de vista dos partidos políticos, há várias maneiras concorrentes de dizer quem se saiu bem e quem se saiu mal. E nenhuma delas é suficiente para, sozinha, resumir a riqueza dos resultados.

Haverá aqueles que destacarão o número total de prefeitos eleitos por cada sigla. Mas haverá também os que contabilizarão somente os prefeitos eleitos nas capitais e municípios de grande porte. E finalmente os que estarão mais interessados no número de votos para prefeito recebidos por cada partido, independentemente de quem se elegeu ou não.

E estas mesmas três estatísticas acima poderão ser contabilizadas olhando somente as eleições para vereador, que seguem o princípio da representação proporcional. E certamente ainda haverá inúmeras análises enfatizando os partidos que mais cresceram ou os que mais diminuíram de tamanho…

Muitos analistas enxergam as eleições municipais somente como uma espécie de “ensaio geral” preparatório para a sucessão presidencial. Não me incluo nesta vertente. Eu prefiro vê-las como uma celebração da participação popular democrática – e como um espaço para a renovação de lideranças políticas locais. São coisas de que estamos precisando!

 

Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.


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