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{ ARTIGO }

Brasil mais próximo da metade mais pobre do mundo

Roberto Macedo analisa estudo do Fundo Monetário Internacional que mostra o preocupante resultado brasileiro: crescimento em queda livre

Roberto Macedo, economista e colaborador do Espaço Democrático

Edição Scriptum

 

O jornal Valor Econômico publicou em sua edição de 7 de julho uma reportagem intitulada Brasil se aproxima da metade mais pobre do planeta. Mostra estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) que tem como base um grande gráfico no qual o PIB per capita do País, em paridade do poder de compra, estava na 48ª posição em 1980 e caiu para a 85ª em 2024 – a previsão é de que em 2030 caia ainda mais, para a cairia para a 89ª posição. Mostra também que o PIB per capita do Brasil evolui pior que a média de países pares: os emergentes devem representar 78% do PIB per capita brasileiro este ano e 82% em 2030, ante apenas 31% no início da série.

Tenho estudado a piora das taxas de crescimento do PIB brasileiro desde 1980, em comparação com as três décadas anteriores, quando o crescimento econômico foi bem mais forte. Esse estudo do FMI já começa em 1980 e revela que a má performance relativamente aos países mais pobres também vem aumentando. Olhando o Brasil isoladamente, inclusive para identificar eventuais causas, tenho insistido que a queda do investimento público desde os anos 1980 é uma das principais, pois esse investimento, que já foi perto de 12% do PIB em 1970, hoje está perto de apenas 2% do PIB em função dos maiores gastos sociais e do descontrole das despesas previdenciárias.

Esse estudo do FMI deveria ser mais divulgado, pois seu próprio título estimula a discussão sobre o crescimento, que raramente é abordada pelo Executivo, e menos ainda no Congresso Nacional e junto à opinião pública em geral. Por que nosso PIB cresce tão pouco? Tenho procurado responder isso e se puder peço ao leitor que estimule essa discussão junto à sua área de influência.

 

 

Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.


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