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{ ARTIGO }

O sucesso do Pix no Brasil

Ferramenta criada pelo BC caiu no gosto popular; economista Roberto Macedo criou até um neologismo para se referir à operação: o verbo pixar

Roberto Macedo, economista e colaborador do Espaço Democrático

O Pix brasileiro é ainda jovem, tendo começado em novembro de 2020. O Banco Central, que o instituiu, publicou recentemente um relatório sobre a gestão da ferramenta, na forma de uma apresentação com 30 páginas. Está acessível aqui.

A apresentação cobre muitos temas ligados ao Pix, mas me interessei mais pelos seus números, que são impressionantes. Conforme o relatório, tanto “…a quantidade de transações quanto o volume financeiro cresceram progressivamente desde seu lançamento. Em dezembro de 2022, considerando as transações liquidadas … foram realizados 2,9 bilhões de Pix, crescimento de 1.900% em relação a dezembro de 2020, segundo mês de operação do Pix, o que demonstra a grande aceitação na sociedade e no ambiente de negócios brasileiros. Em relação ao volume transacionado, houve crescimento nominal de 914% em 24 meses, chegando a R$ 1,2 trilhão em dezembro de 2022”. Vejam só: 2,9 bilhões de transações num único mês!

E a maioria delas foi de baixo valor, demonstrando que o Pix chegou aos brasileiros que têm menos recursos. Conforme o texto, considerando “…todas as transações desde o lançamento do Pix até dezembro de 2022, quase 61% delas foram inferiores a R$ 100,00, o que mostra que o Pix tem sido utilizado principalmente para transferências de valores mais baixos. Quando consideradas transações cujos pagadores são apenas pessoas físicas, 93,1% dessas ordens são abaixo de R$ 200,00, o que reforça a natureza de baixo valor desse tipo de transação. Já considerando transações apenas entre pessoas jurídicas privadas, ainda há certa concentração na faixa até R$ 500,00, porém já se nota uma contribuição maior de transações de valor mais elevado: 18,6% das transações têm valor a partir de R$2.000,00”.

Fui um dos muitos milhões de brasileiros que aderiram ao Pix. Antes usava a TED para fazer transferências entre bancos e era cobrado por isso. E costumavam demorar um tempo considerável para chegar ao destino. Com o Pix, chegam instantaneamente.

Creio que a ferramenta deve ter aumentado a chamada “bancarização” dos brasileiros ao se difundirem entre eles as boas informações sobre o Pix. No meu caso, criei até um verbo para referir-me à transação. Quando faço um Pix para uma pessoa costumo dizer ou escrever: “Pixei R$150 para você!”

Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.


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