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{ ARTIGO }

Os números do governo Lula nas pesquisas

Cientista político Rogério Schmitt analisa quatro sondagens nacionais estiveram em campo no mês de abril

Rogério Schmitt, cientista político e colaborador do Espaço Democrático

Edição: Scriptum

 

O mês de abril do primeiro ano de um mandato presidencial que ainda está no começo sempre é também uma ocasião muito oportuna para avaliar o desempenho do novo governo nas pesquisas de opinião pública.

Afinal, é em abril que os presidentes completam os seus cem primeiros dias no cargo. Este período, habitualmente denominado como “lua de mel”, é tido como um tempo em que os novos governantes desfrutariam de uma predisposição mais favorável por parte do eleitorado, refletindo a vitória nas urnas em outubro.

Mas o mês de abril marca também a transição da “lua de mel” para a rotina da vida política e da gestão pública. É quando começam a acontecer, por exemplo, as votações importantes no Congresso, e os governos assumem uma identidade mais nítida perante a opinião pública.

Vamos então fazer um balanço do desempenho do governo Lula nas pesquisas realizadas ao longo do mês de abril? Quatro sondagens nacionais estiveram em campo neste período.

A primeira delas foi a pesquisa Ipec, realizada entre os dias 1° e 5 abril. A pergunta sobre a avaliação do governo Lula mostrou 39% de avaliação positiva, 30% de avaliação regular e 26% de avaliação negativa. Na pergunta sobre se aprovavam ou desaprovavam o presidente (sem terceira opção), 54% dos eleitores disseram aprovar, contra 37% que desaprovavam.

O instituto PoderData também conduziu uma pesquisa telefônica entre os dias 2 e 4 de abril. No item avaliação do governo, o resultado foi 39% de avaliação positiva, 22% de avaliação regular e 35% de avaliação negativa. Por sua vez, no item aprovação pessoal do presidente, houve 49% de aprovação contra 41% de desaprovação.

A terceira pesquisa a ir a campo em abril foi a Genial/Quaest, realizada entre os dias 13 e 16. Os números da avaliação do governo foram 36% positiva, 29% regular e 29% negativa. Na pergunta sobre a aprovação do presidente Lula, o resultado foi 53% de aprovação contra 40% de desaprovação.

Por último, tivemos a pesquisa Febraban/Ipespe, que esteve em campo entre os dias 14 e 19 abril. No item avaliação do governo, a distribuição foi de 39% positiva, 28% regular e 28% negativa. E o item aprovação pessoal do presidente trouxe 52% de desaprovação contra 38% de desaprovação.

Se fizermos uma média aritmética simples entre estas quatro pesquisas de abril, o governo Lula foi positivamente avaliado por 38,3% dos eleitores, contra 27,3% de avaliação regular e 29,5% de avaliação negativa. Aplicando o mesmo procedimento na pergunta sobre a aprovação pessoal do presidente Lula, teremos 52% de aprovação contra 39% de desaprovação.

Agora em maio, a lua de mel do novo governo definitivamente chegou ao final. Já sabemos que os números de Lula 3 nas pesquisas são piores que os de Lula 1 ou de Lula 2.

Mas não deixa de ser significativo, do ponto de vista analítico, observar o que acontece na comparação entre os números de avaliação e de aprovação. Quando solicitados a “descer do muro”, a maior parte dos eleitores que avaliam o governo como regular responde que aprova o presidente Lula. A taxa média de aprovação é superior à de avaliação positiva em 14 pontos percentuais. E a taxa média de desaprovação supera em menos de 10 pontos percentuais a taxa de avaliação negativa.

 


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