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{ ARTIGO }

Produção de cimento também mostra queda de investimentos

Para o economista Roberto Macedo, o governo deve aumentar os investimentos públicos, que caíram muito ao longo dos anos

Roberto Macedo, economista e colaborador do Espaço Democrático

Edição Scriptum

Segundo dados do IBGE, a taxa de investimentos como porcentagem do PIB chegou a números próximos de 20% entre 2008 e 2014, mas caiu muito até 2017, quando bateu em 14,9%, e entre 2021 e 2024, quando esteve próxima de 18% (dados de 2024). Esses dois últimos números são ingredientes do baixo crescimento do PIB no período. Para a economia crescer bem mais, essa taxa deveria ficar próxima de 25%.

Muitos investimentos utilizam cimento e a demanda desse produto foi afetada de modo correspondente. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo do dia 3 de março traz este título em reportagem de página inteira: “Consumo de cimento patina e indústria vive década de estagnação”.

É interessante constatar que dados dessa reportagem têm movimentos que coincidem com os citados acima sobre a taxa de investimento relativamente ao PIB. Assim, o subtítulo da reportagem foi: “Crise de 2015 a 2018 levou ao fechamento de pelo menos 21 fábricas e fornos; melhor ano foi 2014”, cerca de 10 anos atrás.  Além disso a matéria termina com uma nota com este título: “Declínio veio após fase áurea do setor, vivida entre 2008 e 2014”, quando, como visto acima, a taxa de investimento como proporção do PIB foi maior.

Esses números também dão suporte ao meu repetido argumento de que o PIB do Brasil precisa crescer muito mais e tenho sugerido uma meta de 5% ao ano para começar a atingir esse objetivo. Mesmo taxas próximas de 3% ao ano não são satisfatórias – ou só o são para quem tem baixas aspirações para o País. Ademais, têm sido conseguidas, vez por outra, pelo efeito do agronegócio e também por medidas populistas, em prejuízo das finanças públicas. O governo faria melhor se aumentasse os investimentos públicos que caíram muito.

Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

 


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