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Novo mapa infravermelho da Via Láctea tem participação de brasileiros

Cientistas puderam observar através da poeira e do gás que envolvem a galáxia, revelando áreas antes inacessíveis

A VIRCAM é capaz de detectar a radiação de regiões ocultas da Via Láctea, proporcionando uma visão única do nosso ambiente galáctico.

 

Texto Estação do Autor com Folha de S.Paulo

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A Via Láctea já pode ser vista com mais nitidez hoje graças ao trabalho realizado por uma equipe de 146 pesquisadores, incluindo 14 brasileiros, que dedicaram mais de dez anos ao mapeamento da Via Láctea. O material é considerado o mais detalhado já produzido.

O mapa infravermelho foi criado a partir de 200 mil imagens capturadas ao longo de 13 anos com o auxílio do telescópio VISTA (Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy), localizado no Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile. Utilizando a câmera infravermelha VIRCAM, os cientistas puderam observar através da poeira e do gás que envolvem a galáxia, revelando áreas antes inacessíveis. Reportagem de Letícia Naísa para a Folha de S.Paulo (assinantes) fala sobre o estudo divulgado na revista científica Astronomy & Astrophysics.

Segundo os cientistas, a VIRCAM é capaz de detectar a radiação de regiões ocultas da Via Láctea, proporcionando uma visão única do nosso ambiente galáctico. O mapa atual cobre uma área do céu equivalente e 8.600 luas cheias e contém cerca de dez vezes mais objetos do que o mapa feito pelos pesquisadores em 2012, dois anos depois do início do projeto.

Foram 420 noites de observações do céu, durante as quais o grupo registrou movimentos e variações de brilho em diversos objetos. Esse material permite medir com precisão as distâncias das estrelas, fornecendo aos cientistas uma visão tridimensional das regiões internas da Via Láctea, que antes eram obscurecidas pela poeira.

Roberto Saito, astrofísico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e principal autor do estudo, destacou o esforço monumental envolvido, resultado de uma colaboração internacional de grande escala. Até o momento, mais de 300 artigos científicos foram publicados com base nos dados coletados, e embora a fase de pesquisa da equipe tenha terminado, os especialistas acreditam que a exploração científica dos dados continuará por décadas.


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