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A complexa história do país criado na África para abrigar a população negra dos EUA

A criação da Libéria foi incentivada e patrocinada por uma organização formada por homens brancos, vários deles proprietários de escravos

Texto: Estação do Autor com BBC News Brasil

Edição: Scriptum

Em 1822, americanos negros desembarcavam na costa Oeste da África, fazendo o caminho inverso de seus antepassados, que ao longo de mais de dois séculos haviam sido levados à força do continente africano e escravizados na América. Esses pioneiros, muitos deles recém-libertos da escravidão e outros filhos de escravizados já nascidos livres, estabeleceram no local uma colônia que seria batizada de Libéria, ou “terra da liberdade”.

Veja na reportagem de Alessandra Corrêa para a BBC News Brasil a complexa história do país criado na África especificamente para abrigar a população negra dos EUA. Enquanto muitos americanos negros livres já encabeçavam décadas antes o movimento que defendia o retorno à África, o início da colonização do que se tornaria a Libéria foi incentivado e patrocinado por uma organização formada por homens brancos, vários deles proprietários de escravos.

No início do século 19, décadas antes da Guerra Civil (1861-1865), uma inquietação perturbava a sociedade americana: o que fazer com a população negra livre caso a escravidão fosse abolida? Foi em busca de respostas para essa questão que, em 1816, um grupo de homens brancos reunidos em Washington fundou a American Colonization Society (Sociedade Americana de Colonização, ou ACS, na sigla em inglês).

Seus integrantes tinham opiniões contraditórias em relação à escravidão. Ela era composta tanto por abolicionistas que tinham o desejo de ajudar a população negra a construir uma vida melhor na África, assim como pelos que rejeitavam a ideia de abolição e acreditavam que pessoas negras livres não deveriam continuar vivendo nos EUA.

Apesar de criada para abrigar americanos negros, a colônia era inicialmente administrada por um representante branco da ACS. Em 1824, recebeu o nome de Libéria, e sua capital foi batizada de Monróvia, em homenagem ao então presidente americano, James Monroe, que havia garantido financiamento para o projeto.

Em 1847, a colônia declarou sua independência da ACS e se tornou a segunda república negra do mundo, depois do Haiti. Joseph Jenkins Roberts, um americano negro nascido no Estado da Virgínia que havia chegado à Libéria em 1829, foi eleito presidente.


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