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Avanço científico pode multiplicar oferta de biocombustíveis no Brasil

Pesquisas der universidades e institutos de pesquisa brasileiros abrem caminho para que o País lidere a transição energética global

O trabalho conta com mais de 30 pesquisadores no Brasil e no exterior

 

 

Texto Estação do Autor com Estadão

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Descobertas feitas por universidades e institutos de pesquisa brasileiros abrem caminho para que o País lidere a transição energética global com novo impulso à produção de biocombustíveis. Uma bactéria capaz de atuar sobre a celulose de forma inédita, com tecnologia que transforma poluição em compostos renováveis e o uso de matérias-primas não convencionais, como coco, macaúba e trigo, é um dos destaques desse avanço.

Reportagem de Igor Savenhago no Estadão (para assinantes) fala sobre a trajetória brasileira nos biocombustíveis, que começou nos anos 1970, com o Proálcool, programa federal que incentivou o etanol como alternativa aos derivados de petróleo, pressionados por um choque internacional de preços.

Em 2005, o biodiesel passou a ser misturado ao diesel comum em 2%, de forma voluntária. A partir de 2009, uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética tornou a adição obrigatória, chegando a 14% no ano passado. Desde então, o Brasil produziu 77 bilhões de litros de biodiesel, evitando a emissão de 240 milhões de toneladas de CO₂ e economizando US$ 38 bilhões em importações. Só em 2024, foram produzidos 9 bilhões de litros.

No Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), estudos com o material genético de uma bactéria podem potencializar esses números. O trabalho, coordenado por Mário Murakami, diretor do Laboratório de Biorrenováveis do CNPEM, conta com mais de 30 pesquisadores no Brasil e no exterior e identificou, na chamada “matéria escura” genômica, uma possível chave para esse avanço.

Os pesquisadores envolvidos no projeto, que tiveram um artigo publicado na revista científica Nature, percorreram seis grandes biomas nacionais para recolher amostras de solo. Em uma delas, coberta por bagaço de cana-de-açúcar, identificaram uma bactéria com marcadores de ação sobre a celulose.

Outros estudos se espalham pelo País. No Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RGCI), da USP, mais de 600 pesquisadores atuam em parceria com instituições nacionais e internacionais em 60 projetos voltados à descarbonização da atmosfera. O trabalho tem conseguido transformar o gás carbônico em metanol verde, com perspectivas de também produzir etanol pelo mesmo processo. Um dos desafios é desenvolver novas formulações de catalisadores para converter o CO₂ em combustível.

Algumas matérias-primas usadas nos biocombustíveis também são inovadoras. Neste ano, a Be8 iniciou as obras de uma planta em Passo Fundo (RS), que será a primeira do Brasil a gerar biodiesel a partir de trigo e triticale. Em São Paulo, pesquisas buscam incentivar o cultivo comercial da macaúba. Em Aracaju, o Nuesc, da Universidade Tiradentes, desenvolve biocombustível a partir da biomassa do coco verde.


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