Texto: Estação do Autor com Fast Company
Edição: Scriptum
Em meio a controvérsias, surge uma nova geração de cães-robôs de vigilância que despertam o interesse cada vez maior de agências federais e polícias locais americanas. São robôs de metal, de quatro patas e com articulações que permitem que se movam tanto em terrenos lisos quanto irregulares. Eles podem cobrir o solo, escalar, transportar cargas e, agora, com sensores e câmeras adicionais, são capazes de coletar dados sobre as áreas (e pessoas) ao seu redor.
Artigo assinado por Sally Applin, doutora em antropologia e pesquisa algoritmos, IA e automação, para o site Fast Company, discorre sobre o aprimoramento de seus recursos de vigilância a partir de sua comercialização e destaca aspectos considerados positivos e negativos no uso do cão-robô.
Se para policiais a alternativa é considerada positiva ao diminuir a sensação constante do risco comum a eles, na sociedade essa não é uma questão unânime. Os cidadãos de Nova York não gostaram da ideia dos cães robóticos de vigilância vagando pelas ruas da cidade.
Com o uso da tecnologia, se perde ainda mais a qualidade na comunicação entre comunidades e forças de segurança, já que a ação humana é excluída de uma das pontas da interlocução. Existe ainda o risco de erros de programação, gerando situações problemáticas que poderiam ser resolvidas com flexibilidade e criatividade inerente aos seres humanos.
Outra preocupação importante: os cães-robôs se transformarem em plataformas de vigilância, coletando e armazenando dados de forma autônoma que podem ser acessados, replicados, compartilhados e utilizados sem autorização e conhecimento dos cidadãos.