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Campos do Jordão ganha ‘floresta líquida’ com 5 árvores

Árvores líquidas são estruturas preenchidas por água e algas no lugar de tronco, seiva e folhas

As cinco árvores líquidas instaladas têm a capacidade de desempenhar o trabalho equivalente a até 200 árvores naturais.

 

 

Edição Scriptum com Estação do Autor e CicloVivo

 

Árvores tecnológicas que purificam o ar de forma contínua e silenciosa compõem um projeto inédito no País reunindo ciência, sustentabilidade e experiência turística em um mesmo espaço. Trata-se da primeira “floresta líquida” do Brasil, instalada em um parque de diversões, no Parque Capivari, em Campos de Jordão (SP) e inaugurada em julho desse ano.

Reportagem publicada no site CicloVivo traz detalhes do funcionamento e benefícios das chamadas árvores líquidas, que tem esse nome por serem estruturas preenchidas por água e algas no lugar de tronco, seiva e folhas das árvores naturais.

A utilização de algas para purificar o ar é relativamente comum em outras estruturas e tecnologias. No caso de Campos de Jordão, as cinco árvores líquidas instaladas têm a capacidade de desempenhar o trabalho equivalente a até 200 árvores naturais.

As estruturas trazem o processo de fotossíntese por meio de microalgas cultivadas em fotobiorreatores. Cada árvore é capaz de capturar dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera e liberar oxigênio em tempo real.

O projeto se baseia em pesquisas que demonstram que cerca de 54% do oxigênio atmosférico é produzido em ambientes aquáticos, especialmente por organismos como microalgas e fitoplânctons. As árvores líquidas replicam esse processo natural de forma controlada e eficiente, usando luz artificial com espectro específico e um sistema interno de borbulhamento que realiza a troca gasosa com o ar.

A necessidade de soluções sustentáveis no combate ao excesso de carbono é urgente. De acordo com a Agência Internacional de Energia, o CO₂ representa cerca de 75% das emissões globais de gases de efeito estufa. A concentração atmosférica do gás atingiu 419 partes por milhão em 2023, o maior índice dos últimos 800 mil anos, segundo a NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos).

Na opinião de Rafael Montenegro, diretor geral do Parque Capivari, “para encontrar soluções futuras é preciso olhar com mais atenção para o que a própria natureza já faz com maestria”. Montenegro acredita que a “floresta líquida” é uma resposta a esse olhar por ser uma síntese entre biotecnologia e respeito aos ciclos naturais.

Além da função ecológica, a floresta líquida também será um espaço de educação ambiental e inspiração para visitantes de todas as idades. “A partir de agosto, a floresta também passará a funcionar como sala de aula ao ar livre para estudantes de Campos do Jordão e de toda a região da Serra da Mantiqueira”, antecipa Rafael Montenegro.


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