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Caso Samarco: campanha destaca histórias pessoais e cobra justiça 

Movimento dos Atingidos por Barragem lançou campanha reunindo relatos das vítimas dos acontecimentos de novembro de 2015

Ruínas em Paracatu de Baixo, distrito de Mariana, após dois anos da tragédia do rompimento da Barragem de Fundão )

Texto: Estação do Autor com Agência Brasil

Edição: Scriptum 

Há oito anos, na zona rural de Mariana (MG), acontecia o trágico rompimento da barragem da mineradora Samarco. Uma avalanche de rejeitos foi liberada e escoou pela bacia do Rio Doce, alcançando a foz no Espírito Santo. Dezenas de comunidades e municípios sofreram o impacto. Para dar visibilidade a histórias pessoais envolvendo a catástrofe, o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) lançou uma campanha reunindo relatos das vítimas dos acontecimentos daquele 5 de novembro de 2015.

Reportagem de Léo Rodrigues para a Agência Brasil destaca a importância da publicação intitulada Revida Mariana, que tem como objetivo cobrar por justiça e dar voz às vítimas. O conteúdo da campanha já está acessível por meio de um site e pelas redes sociais.

Para reparar os danos sofridos na tragédia, um acordo foi firmado em 2016 entre o governo federal, os de Minas Gerais e do Espírito Santo, a Samarco e as acionistas Vale e BHP Billiton. A partir de então foi criada a Fundação Renova, entidade responsável pela gestão de mais de 40 programas de apoio. Porém, o processo está marcado pela insatisfação e ações judiciais. Até hoje as obras de reconstrução das duas comunidades mais destruídas não foram concluídas. Existem ainda divergências sobre o processo indenizatório. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) chegou a pedir a extinção da Fundação Renova por entender que ela não tem a devida autonomia frente às três mineradoras.

Para o Movimento dos Atingidos por Barragem um desfecho efetivo para a reparação só acontecerá se houver poder de decisão das vítimas. Descontentes com o andamento da situação no Brasil, milhares de pessoas buscam solução na Justiça do Reino Unido. Representados pelo escritório Pogust Goodhead, eles processam a BHP Billiton, com sede em Londres. Recentemente, a inclusão da Vale como ré passou a ser discutida no processo jurídico. Apesar dos entraves, o MAB manifesta expectativa de uma decisão favorável às vítimas. “Se no Brasil a Justiça caminha a passos lentos há quase oito anos, lá fora, nos tribunais do Reino Unido, tudo leva a crer que os atingidos serão ouvidos”, registra a nota divulgada pela entidade.

 


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