Texto: Estação do Autor com TILT/UOL

Edição: Scriptum

É bem provável que, dentro de pouco tempo, possamos assistir a um filme sentindo os cheiros do que se passa do outro lado da tela. Empresas ao redor do mundo estão desenvolvendo acessórios eletrônicos com foco no metaverso, ambientes virtuais imersivos. Essa tecnologia vem sendo aplicada também em espaços terapêuticos e em “perfumes virtuais”.

Esse campo de inovação tem sido chamado de OVR, abreviação em inglês para tecnologia de realidade virtual olfativa. Leia na reportagem de Hygino Vasconcellos para o TILT/UOL como estão sendo desenvolvidas as tecnologias, que vão desde óculos para realidade virtual para produzir centenas de aromas até bibliotecas de fragrâncias.

Os norte-americanos da empresa OVR Technology, além de investir no desenvolvimento do ION – óculos para realidade virtual – atuam também na área da saúde. Veteranos com transtorno de estresse pós-traumático experimentam aromas da OVR em tratamentos de terapia de exposição à realidade virtual dentro dos laboratórios do Instituto de Tecnologias Criativas da Universidade do Sul da Califórnia. No Reino Unido, a OW Smell Digital desenvolve um “Photoshop para cheiro”; e na Espanha, a Olorama Technology criou uma biblioteca de 400 aromas que podem ser acessados por comando de voz.

“O cheiro tem um efeito profundo sobre quem somos, como nos sentimos, o que fazemos, o que compramos, quem amamos. É fundamental que o perfume faça parte do desenvolvimento do metaverso… ou estamos limitando completamente o potencial”, afirma Aaron Wisniewski, presidente-executivo da OVR Tecnology.