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China envia água para Maldivas, que sofrem com mudança climática

Para conquistar ponto estratégico no Oceano Índico, China usa água das geleiras do Himalaia, que estão derretendo, e atende necessidade das Ilhas Maldivas, atingidas pelas mudanças climáticas

Mar invade território das Maldivas e afeta as fontes de água potável.

 

 

Texto: Estação do Autor com AFP/ECOA UOL

Edição: Scriptum

 

As Maldivas, um arquipélago do oceano Índico, sofre com as mudanças climáticas. Com o aumento do nível, o mar invade seu território e afeta as fontes de água potável. Recentemente, a China enviou mais de 1 milhão de garrafas de água de geleiras tibetanas para o país insular. O governo local teve que desmentir boatos de que a água seria para o consumo do presidente Mohamed Muizzu, que chegou ao poder no ano passado com uma plataforma pró-China e anti-Índia.

Ao mesmo tempo que o arquipélago é cada vez mais dependente das usinas de dessalinização, no Himalaia as geleiras estão derretendo de maneira mais rápida produzindo água potável. Reportagem da AFP publicada no ECOA/UOL mostra os efeitos da crise que podem tornar as Maldivas inabitáveis, segundo informações do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) da ONU, em 2017.

O Ministério das Relações Exteriores das Maldivas informou que a água foi um presente de Yan Jinhai, presidente da Região Autônoma de Xizang, ou Tibete. A água mineral, transportada em 90 contêineres, foi descarregada na capital, Malé, segundo a autoridade portuária.

Além de suas praias de areia branca e do turismo de luxo, as Maldivas também ocupam uma posição estratégica nas rotas comerciais Leste-Oeste. A Índia considera que o arquipélago está dentro de sua esfera de influência, entretanto o país deu uma guinada recentemente na direção da China, seu principal credor externo e rival regional de Nova Déli. O presidente Muizzu visitou Pequim em janeiro, quando assinou uma série de acordos sobre infraestrutura, energia e agricultura. Em resposta, a Índia iniciou a retirada dos militares das ilhas que operavam uma base de vigilância aérea.


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