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China quer demolir bairros antigos para reaquecer a economia

País vive crise imobiliária sem precedentes; Guangzhou, 3ª maior cidade chinesa, tem 127 renovações de vilas em andamento

 

A vila de Paibang foi a eleita para passar por uma “renovação urbana”.

 

Texto: Estação do Autor com The New York Times / Folha de S.Paulo

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A China vive hoje uma crise imobiliária sem precedentes. Diante dela, o poder público chinês busca alternativas. Mesmo tendo consciência de que não será uma solução imediata, políticas públicas foram estabelecidas para a revitalização de bairros urbanos envelhecidos. O objetivo é impulsionar o setor da construção e estimular as economias locais.

Veja na reportagem de Daisuke Wakabayashi, Claire Fu e Keith Bradsher para o The New York Times, publicada na Folha de S.Paulo (assinantes) os desafios que o país asiático enfrenta a partir do surgimento das “vilas urbanas”. Bairros populares nasceram como consequência da prosperidade econômica das cidades. Com o tempo, as vilas se transformaram em labirintos de prédios de apartamentos baixos e lojas familiares, costurados por um emaranhado de becos e ruas estreitas.

Localizada na metrópole de Shenzhen, com uma população de 18 milhões de pessoas, a vila de Paibang foi a eleita para passar por uma “renovação urbana”. Em 2019, a Evergrande, na época a segunda maior empresa imobiliária do país, assumiu o controle do projeto. Pagou aos proprietários dos prédios para demolir os apartamentos e limpar o terreno para construir arranha-céus modernos. Antes que o trabalho pudesse começar, a Evergrande faliu.

Com a falência de outras empresas, o mercado imobiliário sentiu o golpe. Apesar de reduzir as taxas de juros e flexibilizar os requisitos para a compra de imóveis, o governo não conseguiu reverter a situação. Na última grande crise, por volta de 2015, mesmo o estado sendo proprietário das terras urbanas, Pequim gastou centenas de bilhões de dólares pagando aos moradores em dinheiro para que negociassem barracos em ruínas em cidades e vilas menores.

Em um relatório de outubro, a seguradora Nomura afirmou que o processo de reurbanização era “desafiador e caro” e que o ritmo seria lento. Autoridades em Guangzhou, a terceira maior cidade da China, com 127 renovações de vilas urbanas em andamento neste ano, disseram que o tempo médio de conclusão de um projeto aumentou de cinco anos e meio para mais de sete anos. Quanto mais tempo uma reabilitação leva, mais custa.


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