Texto: Estação do Autor com DW
Edição: Scriptum
A descoberta de que existem cinco tipos de Alzheimer é mais um passo da ciência rumo à compreensão dessa doença degenerativa. Estudo recentemente publicado na revista Nature Aging indica que o tratamento deve ser alterado, já que alguns medicamentos podem ser eficazes contra um tipo da doença, mas não necessariamente contra outros.
Equipe internacional de pesquisadores liderada por Betty Tijms, da Universidade Livre de Amsterdã, analisou o líquido cefalorraquidiano de mais de 400 pacientes para decifrar as variantes biológicas do Alzheimer. Reportagem de Isabella Escobedo para o site DW revela detalhes da descoberta que traz a esperança de um diagnóstico mais precoce e a possibilidade de intervenções que retardem o início dos sintomas desse distúrbio cerebral.
A equipe liderada por Tijms realizou um extenso estudo das proteínas no líquido cefalorraquidiano de pacientes com Alzheimer e de indivíduos de controle, descobrindo diferenças marcantes entre os subtipos da doença. Os pesquisadores concluíram que cada subtipo tem um perfil de risco genético distinto, apresentando variações nos resultados clínicos, no tempo de sobrevivência e nos padrões de atrofia cerebral.
Os resultados da pesquisa mostram ainda que uma abordagem personalizada do acompanhamento do Alzheimer pode ser fundamental para o desenvolvimento de terapias mais eficazes, adaptadas às necessidades individuais de cada paciente. Isso traria uma melhora na eficácia dos tratamentos, criando novos mecanismos para o enfrentamento dessa complexa doença