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Como as festas da Tupperware mudaram a vida de donas de casa

Empresa que transformou seus produtos em fenômeno cultural em todo o mundo entrou com pedido de falência

Um exército de vendedores amadores, principalmente donas de casa, contribuíram para que a marca se popularizasse

 

 

 

Texto Estação do Autor com DW

Edição Scriptum

 

Após a Segunda Guerra uma empresa norte-americana especializada em recipientes plásticos criou a Tupperware. Com um inovador modelo de negócios que fazia suas vendas e captava novas vendedoras em festas femininas, a marca se transformou em um fenômeno cultural. Milhares de mulheres nos EUA e depois em outros países começaram seus próprios negócios.

Na semana passada a empresa entrou com pedido de falência alegando a diminuição do interesse pelos seus produtos e a redução das margens de lucro. Embora possa ser o fim de uma era, a marca Tupperware continua presente na vida de milhões de pessoas e entrelaçada à história do século 20.

De acordo com o site da Tupperware, em 1946 o empresário e químico americano Earl Tupper “teve uma fagulha de inspiração enquanto criava moldes em uma fábrica de plásticos”. Descobriu então uma maneira de fabricar plástico flexível e durável, capaz de vedar tão bem quanto uma lata de tinta. Porém, quando seus recipientes foram lançados não tiveram o sucesso que o empresário esperava. Reportagem de Sarah Hucal para o site DW mostra como um exército de vendedores amadores, principalmente donas de casa, contribuíram para que a marca se popularizasse, vencendo a desconfiança de um produto inovador.

A grande responsável pelo sucesso do império Tupperware foi Brownie Wise, uma mãe solteira com pouca educação formal que Tupper escalou como vice-presidente e chefe de vendas. Gênio do marketing com talento especial para vendas, ela ajudou a revolucionar a marca com seus métodos exclusivos. Wise havia trabalhado em uma empresa de produtos de limpeza, onde organizava o que era chamada de “festas em casa”, reuniões entre amigas para vender produtos. Wise logo enxergou ali um mercado para a Tupperware.

A realidade socioeconômica da década de 1950 foi perfeita para o sucesso dessa estratégia de marketing. As festas da Tupperware deram autonomia a donas de casa, que se tornavam consultoras, gerentes e distribuidoras do produto. Se por um lado as festas pareciam subversivas, por outro, o modelo de negócios reforçava a ideia de que o verdadeiro lugar da mulher era em casa.

Apesar da narrativa de empoderamento feminino considerando Brownie Wise ícone da inserção das mulheres no mercado de trabalho, a história não terminou bem para a empresária. Ela foi expulsa da empresa que ajudou a construir em 1958, após um desentendimento com Tupper. No mesmo ano, a Tupperware foi vendida por US$ 16 milhões.


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