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Como Brasil criou e mantém maior sistema público de transplantes do mundo

Inspirado no programa da Espanha, um dos mais eficientes do mundo, modelo é reconhecido também pela qualidade técnica

Sistema brasileiro foi inspirado no modelo da Espanha, considerado um dos mais eficientes do mundo.

 

 

Texto: Estação do Autor com BBC News Brasil

Edição: Scriptum

 

O Brasil tem uma enorme fila de pessoas que precisam de transplantes. Mas o que poucos sabem é que o País criou e mantém o maior sistema de doação de órgãos do mundo. O sistema de distribuição entre os pacientes é totalmente público e mais de 90% das cirurgias são feitas pelo SUS.

Especialistas ouvidos pela reportagem de Julia Braun para a BBC News declaram que o sistema brasileiro é bastante completo e se tornou referência para outros países. O primeiro transplante foi realizado em 1968, porém o sistema como conhecemos hoje só foi criado muito depois, em 1997. Ele foi inspirado no modelo da Espanha, considerado um dos mais eficientes do mundo.

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 65 mil pessoas estão à espera de um transplante. Destes, cerca de 380 aguardam por um coração. Alcindo Ferla, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e especialista em saúde pública, destaca que o sistema de transplantes brasileiros é também reconhecido pela qualidade técnica e das políticas públicas envolvidas.

Mesmo reconhecendo a eficiência nessa área, o médico Leonardo Borges de Barros e Silva, coordenador da Organização de Procura de Órgãos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, considera que são necessários mais recursos financeiros para que o processo seja mais eficiente e menos desigual. Um dos entraves apontados pelos profissionais é que apesar de o sistema brasileiro ser totalmente público, a desigualdade regional ainda é uma realidade. “O sistema nacional de transplantes é um reflexo da realidade do País. Os Estados com menor IDH ou PIB per capita são os que têm mais dificuldade com doação e transplante também”, complementa Barros e Silva.

Ainda que precise de ajustes e mais investimentos, o programa oferece aos pacientes toda a assistência. Incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. Grande parte dos planos privados de saúde não cobre este tipo de tratamento, cujo custo pode variar de R$ 4 mil a R$ 70 mil. No caso do SUS, o financiamento vem do Ministério da Saúde e é gerenciado pela Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes (CGSNT).


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