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‘Desigualdade no Brasil prejudica também quem não é pobre’

Livro do economista Pedro Fernando Nery mostra que a desorganização dos recursos da sociedade traz prejuízos para todas as classes sociais

Atual diretor de assuntos econômicos e sociais da Vice-Presidência, Pedro Fernando Nery também é professor no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa

 

 

Texto: Estação do Autor com DW

Edição: Scriptum

 

O Brasil é o 14º país com maior desigualdade de renda no mundo, segundo relatório da ONU publicado em 2023. A partir desse cenário, Pedro Fernando Nery escreveu o livro “Extremos – Um Mapa para Entender as Desigualdades no Brasil”. Na obra, o economista afirma que desigualdade significa desperdício e apresenta diversas facetas do desequilíbrio sócio econômico do país. O autor analisa desde o rico bairro de Pinheiros na capital paulista até o carente município de Ipixuna, no Amazonas, além das rendas altas do Distrito Federal em contraposição à pobreza do Maranhão.

Em entrevista para Edison Veiga publicada no site DW, Nery argumenta que, ao comprometer o desenvolvimento econômico, a desigualdade prejudica a todos e não só os mais pobres. Ele entende que quando os recursos da sociedade estão desorganizados, como no Brasil, todo mundo perde.

Servidor federal ocupando hoje o posto de diretor de assuntos econômicos e sociais da Vice-Presidência da República, Pedro Fernando Nery também é professor no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa e já foi consultor legislativo do Senado. Estar próximo das altas esferas do poder faz dele um analista privilegiado. No livro, defende a necessidade de amplas reformas para atenuar o problema , destacando como prioritárias a tributária, a administrativa e a previdenciária.

Questionado sobre o impacto da realidade histórica e estrutural da desigualdade nas diversas áreas, Nery enfatiza que situações sofridas na primeira infância, da violência à desnutrição, prejudicam o desenvolvimento de parte da população. Ele observa que pessoas nascidas em famílias pobres terão dificuldades para estudar, “seja porque o sistema educacional não é o ideal, seja porque o transporte público é ruim, ou porque ela mora em uma habitação precária”. Essas pessoas que não se desenvolvem plenamente poderiam estar contribuindo para a solução de diversos problemas. Ou seja, é a desigualdade afetando o PIB do país.


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