Texto: Estação do Autor com ONU News
Edição: Scriptum
A discriminação, o racismo e a xenofobia são os principais elementos nos discursos de ódio que, impulsionados pelas redes sociais, não param de aumentar em todo o mundo. Como conter essa avalanche que ameaça a sociedade? A Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (Unesco) defende mais apoio a educadores que estão lidando com o fenômeno “na linha de frente”.
No Dia Internacional da Educação, neste 24 de janeiro, reportagem publicada no site ONU News enfatiza a necessidade de incentivos para a formação e apoio aos professores. Segundo Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco, a melhor defesa contra a propagação acelerada do discurso de ódio é a educação, que deve estar no centro de quaisquer esforços de paz.
Inquérito da ONU realizado em 16 países revelou que 67% dos usuários da internet relataram ter se deparado com discurso de ódio on-line. Uma proporção de 85% se mostrou preocupada com o impacto e a influência da desinformação. Após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, contra civis, a Liga Anti-Difamação constatou um aumento de 337% de incidentes antisemitas nos EUA, de 320% na Alemanha, de 961% no Brasil e de 818% na Holanda. No Reino Unido, o Instituto para o Diálogo Estratégico identificou o aumento de 43 vezes no volume de discursos anti-islâmicos no YouTube, na comparação entre os quatro dias anteriores e posteriores ao ataque.
A Unesco reafirma que um compromisso ativo com a paz é hoje mais urgente do que nunca e “a educação é fundamental para este esforço”. O processo de aprendizado deve ser transformador e ajudar a capacitar os alunos com conhecimentos, valores, atitudes, competências e comportamentos necessários para se tornarem agentes da paz nas suas comunidades.