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Elite herdeira e igreja dominam imóveis ociosos no centro de São Paulo

Pesquisa da USP revela que proprietários não administram adequadamente os imóveis, a maior parte à espera de lucro futuro

Centro Histórico de São Paulo

 

Texto: Estação do Autor com Agência Brasil

Edição: Scriptum

 

Com um olhar mais atento nos edifícios do centro de São Paulo é possível vislumbrar uma arquitetura que retrata parte da história da cidade. Apesar do valor inegável, pesquisa da USP aponta que esses imóveis ociosos trazem problemas. A maioria dos proprietários são herdeiros ligados à história do desenvolvimento do Estado, da expansão cafeicultora e da indústria, além de instituições religiosas que não administram adequadamente os imóveis.

A pesquisadora responsável pelo estudo, Ana Gabriela Akaishi, batizou os donos desses prédios como: “arcaico setor proprietário rentista imobiliário”. Segundo ela, os proprietários mantêm os imóveis fechados na expectativa de ganhos futuros.

Reportagem de Nelson Lin para a Agência Brasil aponta os problemas e possíveis soluções que passam por herdeiros que dificultam a comercialização e o uso social desses lugares. Por ser a região mais antiga da cidade, o centro carrega historicamente muitos problemas e questões que envolvem inventários mal resolvidos, espólio e edifícios que estão em nome de pessoas já falecidas.

Mesmo que a prefeitura venha, desde 2013, trabalhando na fiscalização, de acordo com dados da Secretaria de Urbanismo, mais de 1.360 imóveis ociosos foram notificados em 2022.

Ana Gabriela sugere que as ocupações de movimentos sociais em prédios abandonados são importantes para trazer luz e propor soluções ao poder público. Um dos exemplos bem-sucedidos é a Ocupação 9 de Julho. O prédio estava abandonado há mais de 20 anos quando foi ocupado. A partir de uma parceria entre Estado e o Movimento Sem-Teto do Centro, o edifício foi incluído no Programa Minha Casa, Minha Vida e este ano os moradores receberam os contratos do programa habitacional.


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