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Entenda como a solidão crônica pode provocar demências

A solidão crônica está associada a mudanças em áreas importantes para a cognição social, autoconsciência e processamento de emoções

No cérebro, a solidão crônica está associada a mudanças em áreas importantes para a cognição social, autoconsciência e processamento de emoções.

 

 

 

Texto: Estação do Autor com The News York Times/Folha de S.Paulo

Edição: Scriptum

 

Sentir-se desconectado dos outros, o tempo todo, é prejudicial à saúde. Pessoas que experimentam solidão não apenas de forma transitória, mas cronicamente, podem ter afetada a estrutura do cérebro, aumentando o risco de desenvolver doenças neurodegenerativas.

Reportagem de Dana G. Smith para The New York Times, publicada na Folha de S.Paulo, destaca a opinião de especialistas sobre a solidão crônica e como ela afeta o cérebro. Mostra também algumas estratégias para lidar com essa condição.

Pessoas solitárias são hipersensíveis a palavras sociais negativas, como “desprezado” ou “rejeitado”, e a rostos expressando emoções negativas. No cérebro, a solidão crônica está associada a mudanças em áreas importantes para a cognição social, autoconsciência e processamento de emoções.

Alguns especialistas consideram que quando a solidão desencadeia a resposta ao estresse, ela também ativa o sistema imunológico, aumentando os níveis de algumas substâncias inflamatórias. Há anos cientistas têm conhecimento da conexão entre solidão e a doença de Alzheimer, além de outros tipos de demência. Um estudo publicado no final do ano passado sugeriu que a solidão está associada à doença de Parkinson também.

Para Nancy Donovan, diretora da divisão de psiquiatria geriátrica do Brigham and Women’s Hospital, “até mesmo baixos níveis de solidão aumentam o risco, e níveis mais altos estão associados a um risco maior de demência”.

É cogitado ainda que o estresse e a inflamação causados pela solidão contribuem para o início ou aceleração de doenças neurodegenerativas em adultos mais velhos. O ônus que a solidão impõe ao sistema cardiovascular, aumentando a pressão sanguínea e a frequência cardíaca, também pode ter um efeito prejudicial no cérebro, diz Donovan.

A professora de psiquiatria e farmacologia experimental e terapêutica na Escola de Medicina da Universidade de Boston, Wendy Qiu, descobriu que se as pessoas de meia-idade se sentirem solitárias apenas de forma transitória, não há aumento do risco de demência. Com solidão temporária, o cérebro tem a “capacidade de se recuperar”, diz Qiu. Mas se as pessoas “não têm ajuda para tirá-las da solidão, e por muito tempo se sentem sozinhas, isso será tóxico para o cérebro”.


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