Texto: Estação do Autor com O Globo
Edição: Scriptum
A volta às aulas pós-pandemia e os ataques escolares provaram a necessidade de trazer para as instituições de ensino do País profissionais das áreas de psicologia e segurança. No entanto, os avanços para a solução dessas questões são considerados insuficientes. Segundo dados recentes do Censo Escolar e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o aumento de escolas com a presença de psicólogos e seguranças foi de apenas três pontos percentuais na rede pública. Os psicólogos passaram a ser encontrados em 12% das escolas. Os profissionais de segurança, em 22%. O assunto é tema de reportagem de Bruno Alfano para O Globo (assinantes).
No caso da violência em ambientes educacionais, especialistas defendem que não há uma única solução que resolva a questão. Ano passado, um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Educação apresentou relatório tendo como um dos eixos de combate “proteção, assistência, e ações psicossociais”. Nele, os especialistas recomendam, entre outros tópicos, implementar a lei de 2019 que prevê a Entre 2002 e 2023, o Brasil sofreu 164 ataques em escolas.atuação de psicólogos na escola para “a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem, atuando na mediação das relações sociais”. A necessidade surgiu a partir da crise sanitária causada pela Covid-19, que fechou escolas durante um longo período.
Para especialistas, a atuação de seguranças e guardas nas escolas não é medida crucial para evitar ataques. No entanto, esses profissionais podem ser importantes em alguns contextos, como, por exemplo, proteger o patrimônio. Em 2023, cresceu um movimento de defesa de segurança armada que não teve respaldo de profissionais especializados em violência escolar.
De acordo com o Censo Escolar, estados do Centro-Oeste lideram a proporção de colégios com guardas e seguranças patrimoniais. No Distrito Federal, estão presentes em 79% das unidades. O ranking segue com Tocantins (62%), o único representante de outra região no top 5, que ainda tem Mato Grosso do Sul (55%), Mato Grosso (54%) e Goiás (48%).