Texto: Estação do Autor com ONU News
Edição: Scriptum
A fronteira entre os Estados Unidos e o México é considerada a rota terrestre onde acontecem mais mortes do mundo. Calcula-se que praticamente metade dos 1.457 de migrantes mortos e desaparecidos nas Américas ocorreu nesse trajeto. A OIM (Organização Internacional para as Migrações) considera o ano de 2022 o mais letal desde que o Projeto de Migrantes Desaparecidos começou, em 2014.
Reportagem publicada no site ONU News mostra os números alarmantes apresentados pela OIM relativos à morte e desaparecimento de migrantes, principalmente em áreas fronteiriças de deserto. A agência alerta que o volume de vítimas pode ser ainda maior nas localidades de Sonora e Chihuahua. O motivo é a falta de dados oficiais, principalmente de legistas ao redor da fronteira do estado americano do Texas com o México e da agência mexicana de busca e resgate.
A OIM destaca ainda uma subida em relação às mortes registradas oficialmente em outras regiões desérticas. Elas também são utilizadas como rotas de migração irregular como, por exemplo, o Saara. Na região africana morreram 212 pessoas. Entretanto, pela natureza remota dessas áreas, os dados podem estar incompletos.
Para proteger os migrantes em busca de um futuro mais seguro, o pedido feito às autoridades é que abordem as causas profundas da migração irregular, melhorem a ajuda humanitária e se empenhem na proteção aos grupos vulneráveis.