Texto: Estação do Autor com Folha de S.Paulo
Edição: Scriptum
Enquanto a Inteligência Artificial avança e se torna cada vez mais popular, cresce o número de golpes financeiros no mercado. Especialistas aconselham a população a ter cuidados extras e admitem a dificuldade para evitar as fraudes. Por outro lado, as áreas de segurança bancária trabalham para refinar a vigilância.
Reportagem de Júlia Moura e Anne Meire Ribeiro para a Folha de S.Paulo (assinantes) mostra como são estruturados os golpes a partir da IA e dá dicas de como podemos nos proteger deles. A ativação da geolocalização dos aplicativos de bancos e de entregas do próprio celular; fazer transações de casa, de preferência conectado ao wifi do domicílio e evitar fotos de rosto em redes sociais abertas são, entre outras, formas de evitar uma cilada financeira.
Segundo empresas de cyber segurança, o uso de deep fakes, técnica que usa imagens reais para a criação de outras artificiais, para acessar contas bancárias, por exemplo, já é comum. Para conseguir fazer um deep fake é preciso ter acesso a alguma imagem, vídeo ou áudio da vítima. Para isso, golpistas normalmente acessam redes sociais, usam fotos de documentos furtados, ou ligam se passando por outra pessoa. Além da imagem, bandidos imitam a voz de pessoas conhecidas da vítima, como familiares pedindo dinheiro, ou funcionários de instituições financeiras autorizando uma transação.
De acordo com Sofia Kilmar, sócia da área de Contencioso Civil do Tozzini Freire Advogados, não há uma jurisprudência clara quanto à responsabilização desses golpes. Em muitos casos, conta a advogada, o banco vence o processo porque o juiz avalia que o cliente não tomou as proteções devidas, fornecendo dados aos golpistas. Diante da falta de uma régua que eleve a segurança do sistema financeiro, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), está desenvolvendo um selo de segurança para os participantes do mercado que cumprirem determinados critérios.