Texto: Estação do Autor com O Globo
Edição: Scriptum
Cada minuto pode ser crucial. Normalmente realizada em casos graves, a cirurgia em recém-nascidos envolve desafios muito diferentes da operação em adultos. Por ser um corpo ainda em formação, o processo exige uma precisão muito maior. Para auxiliar a preparação dos cirurgiões, um método inovador foi implementado na Polônia: cientistas utilizaram uma impressora 3D para construir uma réplica do crânio de um bebê, na qual os médicos puderam praticar antes da operação.
A experiência é tema de reportagem publicada em O Globo (assinantes), que mostra como a técnica inovadora auxiliou no treinamento para a cirurgia de risco no hospital polonês.
Diagnosticada com uma má-formação rara de crânio, uma recém-nascida de Rzeszow só poderia sobreviver se passasse por uma cirurgia de alta complexidade. Ela é portadora de um defeito congênito que leva um quinto do seu crânio a não ter se formado adequadamente. O Hospital Infantil Universitário de Cracóvia, que já trabalhava com a Fundação Polandesa e-Nable, decidiu pelo treinamento com o modelo 3D. O crânio da recém-nascida foi escaneado e passado para a empresa Sygnis, que realizou a impressão.
Para o cirurgião responsável, Lukasz Krakowczyk, a cirurgia foi um sucesso. Ainda assim, por estar em formação, a menina passará por outras operações. “A impressão 3D também será essencial na fase de reconstrução do defeito ósseo do crânio, quando ocorrerá a necessidade de alinhamento e planejamento perfeitos da reconstrução óssea”, finaliza o médico.